Esta “falta de sensibilização” é um dos “maiores problemas”, que, conforme Arlindo Fonseca avançou à Inforpress, tem enfrentado na organização desta corrida, que já conta com vários anos.

“Os nossos condutores não ajudam, temos uma cultura de condutores que atravessam no meio dos atletas e interferem na corrida”, denunciou o responsável, adiantando que isto acontece mesmo com ajuda policial e ainda militar, que fazem o “máximo”, mas mesmo assim não conseguem controlar todos.

“Eles até que poderiam ter menos trabalho, porque já assisti a muitas corridas no estrangeiro e os condutores param sem ser preciso polícia, mas em São Vicente não”, criticou.

Por esta mesma razão e pautando pela segurança dos atletas, que, segundo a mesma fonte, agora em 2018 a prova, que há dois anos tinha a linha de meta em Pont d´Ága, vai ser mudado para a Praça Amílcar Cabral (Praça Nova).

“Estamos fazendo isso para melhorar a questão de segurança dos atletas, mas, também porque a Rua de Lisboa já não pertence à corrida de São Silvestre”, informou, referindo pois a questão do “conflito” entre a companhia TMais, que patrocina o final de ano na Rua de Lisboa e a CVTelecom que apoia a referida corrida.

Mesmo assim, Arlindo Fonseca acredita que “nada vai tirar o brilho” à prova de São Silvestre em São Vicente, a pioneira a nível nacional, que espera reunir um número maior de atletas do que os 120 que participaram no ano passado.

Faltando alguns dias e com as inscrições abertas até o dia 29, ainda não há confirmação, conforme a mesma fonte, de participação de atletas internacionais.
Esta mesma incerteza, que ainda paira sobre a atribuição dos prémios, que esperam, ajuntou, pelo confirmar dos patrocínios das empresas.

“Estamos a aguardar que entre alguma receita para atribuição de 10 prémios em cada categoria e repetir o mesmo feito do ano passado”, assegurou o dirigente.

O início da corrida está previsto para as 16:00 do dia 31, a partir da praia da Laginha, num percurso de dez quilómetros, para as categorias de masculino, feminino e ainda veteranos, que percorrerá ainda Avenida Marginal, Praça Estrela, estrada do aeroporto, Rua dos Bombeiros, Monte Sossego, rotunda de Ribeira Bote, Cruz, Madeiralzinho, Chã de Alecrim, Avenida 12 de Setembro e por fim Praça Nova.

Também este ano, conforme avançou Arlindo Fonseca, pretendem organizar uma corrida para crianças, de 100 ou 200 metros, que deverá acontecer na Avenida 12 de Setembro, no dia 29, de forma a incentivar a “cultura” de corrida de São Silvestre.
Entretanto, um projecto que, segundo a mesma fonte, ainda está em banho-maria à espera também de apoios.