O campeonato de ténis que iniciado em Roland Garros termina a temporada nos Estados Unidos, o US Open, teve muitas emoções neste domingo, 09. O público fã, que viu Serena irritada com um árbitro nada sereno, apupou mas, com Serena a pedir, teve de aplaudir a adversária da idolatrada tenista.
A final do US Open é sempre emotiva, mas esta temporada teve emoções extra e por ainda vai dar que falar a acreditar em duas organizações poderosas no mundo do ténis, que querem ver mais igualdade entre o ténis masculino e o ténis feminino.
Tudo começou com a advertência dirigida a Serena Williams pelo árbitro da partida. Ele disse que ela estava a receber indicações do treinador, ela nega, ele reafirma decisão. Ela protestou contra o que considera uma injustiça, que divide as opiniões e os juízos mais serenos.
A segunda advertência, com perda de um ponto, veio a meio da segunda parte quando a multicampeã, que estava a perder, atirou com a raquete partindo-a. A tenista protesta mais veemente e entra em confronto verbal com o árbitro a quem chama de "mentiroso", "ladrão". Este dá-lhe a terceira penalidade.
A WTA, Associação de Mulheres Tenistas, reclamou contra o “padrão dúbio” que os juízes masculinos aplicam nas quadras (courts) de ténis. “A toda a hora vemos os jogadores a fazer isso, a chamar o árbitro de todos os nomes (feios). Mas nada acontece. Não há tratamento igual. Por isso, a nossa luta é para que haja mais cnsistência na quadra”, expressou a presidente da Associação de Mulheres Tenistas.
“Sei que o comportamento da Serena foi inapropriado, ela pisou a linha. Mas quando consideramos o comportamento do Carlos [Ramos, o árbitro português] nesta situação, temos de considerar que ele só lhe deu aquela última penalidade por ela lhe ter chamado ladrão. Mas eles [juízes] já foram chamados muito pior que isso!".
As coimas aplicadas à tenista atingem 17 mil dls (c 1,650 milhões CVE): 10 mil dls por “agressão verbal” contra Ramos, 4 mil dls por “receber instruções do treinador” 3 mil dls por “ter partido a raquete”.
Sexismo entre os juízes do US Open
As acusações aos árbitros não são novidade. Já houve no passado jogadoras que se sentiram discriminadas, só por serem mulheres. Os árbitros, alega-se, são sobretudo do sexo masculino e tendem a relevar mitigando a gravidade do caso ou a punir agravando, conforme se trata de ato cometido por homem ou mulher.
Ela não tem razão: atirou com a raquete, isso é uma violação.
Naomi Osaka dá ao Japão 1ª vitória no US Open
Agridoce é a primeira vitória – em dois sets de 6-2 e 6-4 – que Naomi Osaka obtém, aos 20 anos, sobre a sua idolatrada tenista, Serena Williams, de 36 anos.
Naomi tem dois passaportes e joga pelo Japão, onde nasceu e viveu até os três anos quando os pais (mãe japonesa e pai haitiano-americano) decidiram mudar para a Flórida. A emigração foi, em parte, ditada pela hostilidade da família japonesa que cortou relações com a mãe de Naomi e nunca quis ver a neta hafu (birracial).
Serena após fúria e lágrimas, pede aplausos para Naomi Osaka
O público parcial apupando demonstrava a sua fúria também. Serena pediu do pódio ao público que deixasse Osaka ter o seu momento de vencedora.
Fontes: EPA/AFP/A Bola/. Foto (EPA) Naomi Osaka, a estrela ascendente, e a hexacampeã Serena Williams na sua 1ª derrota do ano. Arquivo: Serena Williams de tutu vence torneio — Réplica ’stylish’ a presidente da FFT que por ela impôs dress-code ao ’Roland Garros’ de 2019, 2.9.2018
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments