A modalidade do andebol está a mexer com várias ilhas ao mesmo tempo nesta fase nacional do campeonato. No fim da semana passada, São Filipe e Espargos foram palcos de encontros entre 12 equipas (seis femininas e seis masculinas) que disputaram o direito a um dos quatro lugares da última fase.
Em S.Filipe, as equipas da Estrelas do Andebol (feminino) e Seven Stars (masculino), ambas da Praia, garantiram a sua passagem para o quadrangular final daqui a algumas semanas. Nos Espargos, cantaram mais alto a Académica do Sal (masculino) e Seven Stars (feminino). Este sábado, na cidade de Mindelo, acontecerá a terceira poule preliminar para a escolha do último pretendente ao torneio final.
Com um orçamento apertadíssimo, a Federação Cabo-verdiana de Andebol tem contado com a dedicação das Associações Regionais para organizar este campeonato nacional. É notório o regresso do andebol às ilhas do Fogo, Brava, S.Nicolau e Santo Antão; tendo regredido as de Maio e Boavista, que não realizaram os respectivos campeonatos regionais.
Os rapazes da ilha do vulcão, apesar de pouco rodados, mostraram ter uma palavra a dar no andebol nacional. É claro que mais trabalho é preciso. As equipas do Tarrafal- Graciosa provaram, uma vez mais, que não estão no campeonato apenas para cumprir calendários. Deram uma boa réplica a duas das melhores equipas do arquipélago (Académica do Sal e Oderf). Perderam, mas não facilitaram a vida aos adversários.
Devido à má fase que o andebol atravessava há três anos, não tem sido fácil a montagem de um sistema competitivo de maior interesse. Daí que a angariação de financiamentos extra contrato-programa com o DGD tem sido particularmente difícil. Com três campeonatos nacionais consecutivos, crê-se que melhor atenção ser-lhe-á dedicada tanto da parte do sector público como do privado.
Entretanto, este ano as condições de alojamento melhoraram consideravelmente, pois as equipas deixaram de ser recebidas em escolas em que dormiam no chão ou em cima de carteiras. A alimentação também passou a ser fornecida por serviços próprios.
Se a maioria de equipas vem demonstrando nível e muito trabalho de casa, outras, com escassos jogos nas pernas, apesar do esforço, não tem podido apresentar um andebol de qualidade. A FCA parece estar a ponderar na possibilidade de implementar um número mínimo de jogos para se poder aceder à fase nacional do campeonato.
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