A organização do Festival Internacional de Cinema “Djârfogo Cine-Fest” apelou hoje aos cineastas nacionais a participarem na segunda edição do evento e anunciou a criação de uma escola de cinema com sede na ilha do Fogo para breve.
O apelo foi lançado pelo director executivo do “Djârfogo International Film Festival” (DIFF), Guenny Pires, em conferência de imprensa para falar dos preparativos para a realização do evento, que terá lugar na ilha do Fogo, de 08 a 12 de Novembro próximo, com pré-estreia na Praia, no dia 7 e boas-vindas do Presidente da República.
O evento, que irá homenagear personalidades do cinema africano e da cultura foguense, segundo o seu promotor, tem como propósito criar uma marca do País promovendo a história e cultura de “guentis” (gentes, em português) e da ilha do Fogo, como sendo parte da Reserva Mundial da Biosfera, bem como o ambiente e a natureza de Chã de Vulcão.
“Para esta edição estamos a trabalhar para trazer filmes que falam de conservação e protecção de ambiente, assim como filmes realizados por mulheres”, disse Guenny Pires, salientando que a intenção do festival é também ligar cultura e cinematografia.
No ano 2022, referiu, o “Djârfogo Cine-Fest” quer trazer à ilha do Fogo nomes importantes do mundo do cinema africano, promover o cinema da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e personalidades profissionais para dar formação a cineastas do país.
“Nós queremos, com isso, fazer com que Cabo Verde continue a ser o ponto chave de encontro de culturas, assim como aconteceu no passado com a escravatura e experiências com plantas”, acrescentou.
A segunda edição do “Djârfogo International Film Festival” vai contar com exibições de filmes, realização de workshops e ‘masterclasses’ sobre a importância da história e da cultura da África.
A organização conta com a inscrição de cerca de 570 filmes, mas destes apenas cinco são de cineastas de Cabo Verde, revelou.
O evento, explicou Guenny Pires, prevê um orçamento de 235 mil dólares (cerca de 25 mil contos), tendo apelado ao engajamento dos parceiros e do próprio Ministério da Cultura, por forma a garantir o cumprimento de todos os objectivos traçados para a realização do festival.
“Temos cinco categorias de prémios, longa de ficção, comentário, curta ficção e documentário e animação”, salientou, asseverando que a aposta maior da organização não é o prémio monetário, mas a garantia da qualidade do evento e a promoção do cineasta.
O Djârfogo Cine-Fest visa desenvolver o sector de cinema, promover visita a três aldeias turísticas do Fogo que irão receber o evento, realização de entrevistas, encontros com empresários locais, autoridades municipais e regionais, organizações culturais, artistas, proprietários e figuras relevantes da história e cultura da ilha.
É também propósito do festival promover actividade cinematográfica, promover na ilha um espaço de conhecimento, debate e diálogo sobre o cinema, contribuir para formação dos jovens e público, de uma forma geral, em matéria do cinema, além de despertar as pessoas pela sétima arte. A Semana com Inforpress
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