O ministro do Turismo e Transportes e da Economia Marítima, José da Silva Gonçalves, disse, esta segunda-feira,21, no Mindelo, que a inauguração da obra “Mural Cesária Évora” é sinal de que a Cise está viva entre os cabo-verdianos.
José da Silva Gonçalves falava durante a inauguração da escultura feita com recurso a berbequim, no mural da praça Dom Luís, pelo artista internacional Alexandre Farto, conhecido por Vhils, e que simboliza a falecida cantora cabo-verdiana Cesária Évora.
Segundo José da Silva Gonçalves citado pela Inforpress, com este retrato da “gigante da música e da cultura cabo-verdiana”, a praça Dom Luís ganhou uma nova dimensão.
“Há uma nova reflexão sobre o impacto e sobre a importância que tem esta praça. Ela é um lugar incontornável dentro do turismo, aqui em São Vicente, porque a partir de agora, quando os turistas chegam à ilha, não vão deixar de se aparentarem aqui para fazer uma foto diante desta grande imagem,” analisou o ministro
Lembrando que “liderar nem sempre é tomar decisões populares”, José da Silva Gonçalves defendeu que o presidente da Câmara Municipal de São Vicente (CMSV) “esteve do lado certo” por acolher esta obra de arte, que homenageia a “matriarca” da cultura cabo-verdiana.
O presidente da CMSV, Augusto Neves, classificou o momento de especial, referindo que o mural é mais uma forma de mostrar toda a dedicação que os sanvicentinos têm para a Cesária Évora.
Segundo a mesma fonte, o artista Alexandre Farto manifestou-se satisfeito pela forma como ele e a sua equipa foram recebidos e disse esperar que as pessoas gostem do trabalho feito.
Em Novembro de 2017, o mesmo mural na Praça Dom Luís recebeu uma pintura alusiva ao centenário do afundamento dos navios brasileiros Acary e Guahyba na baía do Porto Grande, em São Vicente.
A obra, concebida pelos artistas Robézio Marqs e Teresa Dequinta, retratava esse acidente que aconteceu a 02 de Novembro de 1917 e foi patrocinada pela Embaixada do Brasil em Cabo Verde.
No entanto, em Janeiro deste ano, o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, e o presidente do Instituo Camões (IC), Luís Faro Ramos, assinaram uma adenda ao protocolo, que tinha sido rubricado em Junho de 2010, de cedência do terreno contíguo ao edifício da Aliança Francesa, na Praça Dom Luís, para que ali fosse erguida a Casa de Portugal, no Mindelo.
Previa-se a construção de edifício com uma área coberta de 425 metros quadrados, que se desenvolveria por três pisos, e deveria ficar concluída num prazo máximo de três anos.
Mas, hoje, quando questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade da obra “tapar” o Mural Cesária Évora, Augusto Neves, que recusou gravar entrevista aos jornalistas, garantiu que nenhuma obra será feita naquele espaço.
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