sexta-feira, 14 março 2025

“Varíola dos macacos" aumentou 160% em África no último ano

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 As autoridades sanitárias africanas afirmaram esta quinta-feira que as infeções por vírus Monkeypox (Mpox), conhecido por “varíola dos macacos”, aumentaram 160% no último ano, alertando para o elevado risco de propagação por falta de tratamentos ou vacinas eficazes no continente.

 

O CDC África afirmou que a taxa de mortalidade, que é de cerca de 3%, "tem sido muito mais elevada no continente africano do que no resto do mundo". Durante a emergência global devido a esta doença, em 2022, menos de 1% das pessoas infetadas com o vírus morreram.

 

Os Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) afirmaram, num relatório divulgado na quarta-feira, que o Mpox foi detetado em 10 países africanos este ano. O Burundi e o Ruanda registaram o vírus pela primeira vez.

A República Centro-Africana foi a primeira a confirmar um novo surto na segunda-feira, afirmando que se estendia à sua capital densamente povoada, Bangui.

O ministro da Saúde Pública da República Centro-Africana, Pierre Somsé, já manifestou a preocupação do país face aos casos de “varíola dos macacos”.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde do Quénia disse ter encontrado infeção por Mpox num passageiro que viajava do Uganda para o Ruanda, num posto fronteiriço no sul do Quénia. Num comunicado, o ministério afirmou que um único caso de “varíola dos macacos” era suficiente para justificar uma declaração de surto.

Dos mais de 14.000 casos notificados ao CDC África, mais de 96% dos casos e mortes ocorreram na República Democrática do Congo. No início deste ano, os cientistas relataram o aparecimento de uma nova forma de varíola numa cidade mineira congolesa que, segundo receavam, poderia propagar-se mais facilmente entre as pessoas. A varíola propaga-se através do contacto próximo com pessoas infetadas, incluindo através das relações sexuais.

O CDC África afirmou que a taxa de mortalidade, que é de cerca de 3%, "tem sido muito mais elevada no continente africano do que no resto do mundo". Durante a emergência global devido a esta doença, em 2022, menos de 1% das pessoas infetadas com o vírus morreram.

A versão do Mpox observada na RDCongo pode matar até 10% das pessoas infetadas. O centro observou que ambos os casos de “varíola dos macacos” no Ruanda tinham estado na RDCongo antes de testarem positivo.

Uma análise dos pacientes hospitalizados de outubro a janeiro no leste do país sugeriu que as recentes mutações genéticas no vírus foram o resultado de uma propagação contínua nas pessoas.

Ao contrário dos anteriores surtos, em que as lesões eram sobretudo observadas no peito, mãos e pés, a nova forma provoca sintomas mais ligeiros e lesões sobretudo nos órgãos genitais, o que torna mais difícil a sua deteção.

Segundo o CDC África, cerca de 70% dos casos na RDCongo ocorrem em crianças com menos de 15 anos, que são também responsáveis por 85% das mortes, e o número de mortes em todo o continente aumentou 19% desde o ano passado.

A organização médica de beneficência Médicos Sem Fronteiras (MSF) considerou "preocupante" a expansão do surto de “varíola dos macacos”, referindo que a doença também foi observada em campos de deslocados na região de Kivu do Norte, na RDCongo, que faz fronteira com o Ruanda.

"Existe um risco real de explosão, tendo em conta os enormes movimentos de entrada e saída da população", afirmou o diretor médico dos MSF para a RDCongo, Louis Massing.

Os surtos de Mpox no Ocidente foram, na sua maioria, debelados com a ajuda de vacinas e tratamentos, mas estes quase não estão disponíveis nos países africanos, incluindo a RDCongo.

Em maio de 2022 surgiram infeções pelo vírus Mpox em todo o mundo, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais. O subtipo responsável foi o Clade II.

Desde setembro de 2023, uma nova estirpe do Clade, ainda mais mortal, tem vindo a espalhar-se na RDCongo.

Em 11 de julho, a OMS alertou para a ameaça que a “varíola dos macacos” representa para a saúde mundial. A RDCongo está a ser particularmente atingida, com mais de 10.000 casos registados, incluindo 450 mortes.

A Semana com Lusa

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Opiniões e Feedback

Mindoca
15 hours 6 minutes

O que esse homem quer é fazer prova de vida. É que ele parece que está vivo, mas não está. Nem agora nem quando ele foi ...

Terra
20 hours 47 minutes

Deve ser fiscalizado antes de sair de Cabo Verde tb o dinheiro de contracto deve ser investido nos coitados de Cabo Verde nao ...

liberdade
1 day 20 hours

Mesmo complicado se ha verdade adiver essas brucracia pela mor de Deus?

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