O primeiro-ministro afirmou hoje que o Estado da Nação é de resiliência, compromisso e de confiança no futuro, e que graças às medidas “atempadas e assertivas” o Governo “salvou o país do colapso” sanitário, social e económico.

“O Estado da Nação é de mais desenvolvimento local, afectamos mais recursos para investimentos com impacto no desenvolvimento local (…), temos razões para estarmos confiantes. Juntos fizemos face à crise mais difícil das nossas vidas a pandemia da covid-19. Vencemos, recuperamos a economia, voltamos a crescer com redução do desemprego e redução da pobreza”, declarou.

Ulisses Correia e Silva fez estas afirmações hoje, no parlamento, durante a sua intervenção no debate parlamentar sobre o Estado da Nação.

Contando com o engajamento de todos os cabo-verdianos, salientou Correia e Silva, o Governo conseguiu fazer frente a mais grave crise económica e social, provocada pela pandemia da covid-19, e a escalada inflacionista provocada pela guerra na Ucrânia.  

“Graças às medidas atempadas e assertivas do Governo, salvamos o país do colapso sanitário, social e económico. Protegemos as pessoas nos momentos mais difíceis em que a pandemia da covid-19 matava, destruía economias e aumentava o desemprego e a pobreza a nível mundial. Recuperamos e relançamos a economia e atingimos pela primeira vez em Cabo Verde mais de um milhão de turistas em 2023”, concretizou.

Salientou que o turismo aumentou e que há um aumento da procura de Cabo Verde para investimentos turísticos e que a entrada de companhias low cost em voos para Cabo Verde irá aumentar o fluxo de turistas.

Destacou os investimentos nas infraestruturas portuárias nas diferentes ilhas visando promover e dinamizar o turismo, adiantando que a cidade da Praia será dotada de um centro de convenções para posicionar a capital do país “de forma competitiva” no turismo de conferências, feiras e eventos culturais.

“Os investimentos que realizamos e estamos a realizar, em todos os concelhos do país, na requalificação e urbana e ambiental, desencravamento de localidades, restauro e reabilitação de património, valorização de orlas marítimas e valorização das aldeias rurais, destinam-se a tornar as cidades, vilas e aldeias lugares atrativas para o turismo”, realçou.

Reconheceu, no entanto, que o Governo tem o desafio de duplicar o potencial de crescimento económico com uma economia mais diversificada e que existem ainda factores críticos que tem condicionado o crescimento económico do país.

Ulisses Correia e Silva salientou os investimentos que o Governo tem feito na promoção da transição digital, economia digital, economia azul, nos sectores da água, agricultura energia, apontando que em 2026, Cabo Verde atingirá a meta de mais de 30% de eletricidade produzida através de energias renováveis; mais de 50% em 2030 e cerca de 100% em 2040.

A nível dos transportes aéreos, frisou que ainda o sector enfrenta desafios, mas que não obstante a grave crise provocada pela pandemia da covid- 19, a TACV retomou os voos internacionais e com perspectivas de novas rotas.

Lembrou as medidas adoptadas pelo Governo na melhoria da prestação dos serviços de transportes marítimos com o objectivo de melhorar, considerando o papel estratégico dos transportes marítimos na unificação do mercado nacional, particularmente a circulação de pessoas, bens e mercadorias.

O primeiro-ministro apontou ainda que as medidas do Governo foram eficazes e contribuíram para a diminuição do desemprego, criação de oportunidades dos programas de formação e empreendedorismo, tendo referindo a iniciativa governamental de implementar a Estratégia Nacional para a Erradicação da Pobreza Extrema.

Ainda segundo o governante, Cabo Verde vem registando ganhos na redução da prevalência de insegurança alimentar, da desnutrição e da anemia infantil, apesar dos contextos difíceis de secas e crises mundiais, considerando que este é o Governo que mais investe na proteção e inclusão social e com impacto positivo na vida dos cabo-verdianos.

“Temos desafios a vencer. Temos como objectivo reduzir o desemprego para menos de 10% até 2026, acompanhado do crescimento da taxa de cobertura da segurança social. Temos como objetivo reduzir a pobreza global para menos de 20% e eliminar a pobreza extrema em 2026”, reconheceu.

Acrescentou, por outro lado, que o Governo tem apostado na melhoria do sector da saúde, da Administração Pública e que as reformas em curso e com o suporte da transformação digital, visa orientar a Administração Pública para a missão de serviço público com maior eficiência e produtividade e redobrado sentido de responsabilidade para com o país.

“O Estado da Nação é de mais desenvolvimento local, afectamos mais recursos para investimentos com impacto no desenvolvimento local (…), temos razões para estarmos confiantes. Juntos fizemos face à crise mais difícil das nossas vidas a pandemia da covid-19. Vencemos, recuperamos a economia, voltamos a crescer com redução do desemprego e redução da pobreza”, declarou.

A Semana com Inforpress