A Pró-Capital, instituição financeira de capital de risco de Cabo Verde, mais do que quadruplicou a sua carteira de investimentos em cinco anos, segundo dados esta quarta-feira divulgados.

Os dados foram avançados pelo presidente da Pró-Capital, Eugénio Moeda, num evento para assinalar os cinco anos da empresa, indicando que passou de 43 milhões de escudos (390 mil euros) quando arrancou em 2019 para os atuais cerca de 180 milhões de escudos (1,6 milhões de euros).

Nesse mesmo período, e com a pandemia da covid-19 pelo meio, a instituição quadruplicou os projetos financiados, passando de três para os atuais 12, ainda de acordo com o mesmo responsável.

“Cada projeto que ajudamos a prosperar, cada inovação que apoiamos, é um motivo de orgulho para todos nós”, frisou o dirigente, entendendo que as empresas de capital de risco têm condições para desempenhar um “papel relevante” na recuperação económica.

“Porque dispõem de meios financeiros para investir e de meios humanos preparados para analisar investimentos em ambientes de maiores riscos”, mostrou Eugénio Moeda.

O ato foi presidido pelo vice-primeiro-ministro, ministro das Finanças e do Fomento Empresarial cabo-verdiano, Olavo Correia, que sublinhou a importância da Pró-Capital e considerou que é preciso criar no país uma “cultura de empreendedor”, com incentivos do Estado para se criarem “projetos com valor”.

O governante disse que o desafio da empresa agora é “aumentar a escala”, apoiando mais projetos, que também vão criar mais empregos no país.

A instituição investe em 'startups' e empresas constituídas com elevado potencial de crescimento e desenvolvimento, por meio da aquisição de ações e respetivo aumento do capital social.

Apoia empresas em setores como transportes, agronegócios, pescas, indústria, turismo, hotelaria e construção civil.

A instituição tem atualmente investimentos em empresas participadas em cinco ilhas (Santiago, São Vicente, Boa Vista, São Nicolau e Brava), mas pretende chegar a todas as ilhas do arquipélago.

A Pró-Capital pode atuar em quase todos os setores económicos, com as exceções das atividades de mediação imobiliária e instituições financeiras de crédito.

A instituição é considerada um dos três pilares constituintes da Casa do Empreendedor de Cabo Verde, estrutura estatal que alberga ainda a Pró-Empresa e a Pró-Garante.

A Semana com Lusa