domingo, 31 agosto 2025

Cabo Verde ratifica Tratado de Alto Mar e reforça compromisso com a protecção da biodiversidade marinha

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O Presidente da República ratificou, esta quarta-feira, 27, o Acordo BBNJ, conhecido como Tratado de Alto Mar, relativo à conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha em áreas além da jurisdição nacional, foi hoje anunciado.

Com a ratificação, Cabo Verde poderá participar activamente nas decisões sobre conservação marinha em áreas fora da sua jurisdição, reforçando o seu papel na protecção de habitats e no uso sustentável dos recursos genéticos.O país poderá ainda beneficiar do acesso a recursos financeiros e tecnológicos, que permitirão o mapeamento genético de espécies em ecossistemas sensíveis.

A decisão foi divulgada num comunicado, após o documento ter sido aprovado por unanimidade pelos deputados na Assembleia Nacional a 29 de Julho, indicando que o tratado será agora depositado nas Nações Unidas.

Segundo o chefe de Estado, a ratificação é "um passo importante para a afirmação de Cabo Verde como uma Nação Azul".

O ministro do Mar, Jorge Santos, que apresentou a proposta do Governo, classificou o acordo como um "avanço jurídico, científico e ambiental sem precedentes no Direito Internacional do Mar"

Para Jorge Santos o tratado responde à necessidade urgente de preservar os ecossistemas marinhos do alto mar e da chamada “Área”, que representam quase metade da superfície do planeta e são vitais para o equilíbrio climático, a segurança alimentar e a resiliência da vida marinha.

O ministro recordou ainda que o alto mar abriga espécies migratórias essenciais para as pescas de Cabo Verde e influencia fenómenos oceanográficos que moldam os ecossistemas costeiros.

Por isso, defendeu que a ratificação pelo Presidente da República reveste-se de “extrema importância” para o país, cuja identidade, economia e segurança estão profundamente ligadas ao oceano.

O Acordo BBNJ assenta em quatro pilares: a partilha justa e equitativa dos benefícios provenientes dos recursos genéticos marinhos; a criação de zonas marinhas protegidas e outros instrumentos de gestão por área; a obrigatoriedade de avaliações de impacto ambiental e o reforço das capacidades e da transferência de tecnologia marinha.

Com a ratificação, Cabo Verde poderá participar activamente nas decisões sobre conservação marinha em áreas fora da sua jurisdição, reforçando o seu papel na protecção de habitats e no uso sustentável dos recursos genéticos.

O país poderá ainda beneficiar do acesso a recursos financeiros e tecnológicos, que permitirão o mapeamento genético de espécies em ecossistemas sensíveis.

Dados de campanhas oceanográficas realizadas pelos navios OceanXplorer e METEOR, com participação de cientistas cabo-verdianos poderão integrar o sistema internacional de partilha de benefícios previsto no acordo.

Para Jorge Santos a decisão reforça o compromisso de Cabo Verde com uma "governança global dos oceanos inclusiva, moderna e responsável", permitindo que o arquipélago assuma um papel activo na definição de políticas internacionais.

O país passará a estar representado na Conferência das Partes e nos respectivos órgãos subsidiários, contribuindo com a sua visão como nação insular.

 

 

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mario
1 day 20 hours

Faça-se o monumento! A história vai agradecer!

Terra
2 days 1 hour

A democracia em Cabo Verde nao existe direitos da liberdade so existe para os políticos? Me disculpa dereito de falar.

Filomena
2 days 13 hours

Oxalá se resolva de uma vez por todas o probkema dos transportes para a Brava. Quem é esse. engracado que vaticinou que ...

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