sábado, 23 agosto 2025

A Rússia está com problemas de combustível e em algumas zonas até já se recuperam práticas da era soviética

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A gasolina nunca esteve tão cara na Rússia. Os ataques da Ucrânia fizeram com que os preços atingissem máximos históricos pelo segundo dia consecutivo, depois de ultrapassarem o recorde de setembro de 2023. O combustível está agora em falta em várias regiões. 

 

 

 

As exportações da gasolina foram suspensas por Moscovo na semana passada para preservar o produto refinado para o mercado interno. Estas perturbações no mercado mostram que, apesar de a Rússia afirmar ter vantagem no campo de batalha e continuar a financiar a invasão, enfrenta impactos económicos no país.

Para controlar o aumento dos preços, as autoridades russas proibiram todas as exportações de gasolina a 28 de julho. A medida aumentou os envios para o mercado interno em 150 mil toneladas este mês, mas não conseguiu travar o crescimento dos preços, segundo David Martirosyan, analista do Centro de Preços da Rússia, ligado ao Gazprombank. “Isto aponta para um défice parcial de oferta no mercado interno”, acrescentou. 

 

“Mesmo com a proibição de exportações em vigor, a procura interna não está a ser totalmente satisfeita”, afirmou Kaufman, da Finam. “E a ausência de dados públicos sobre reservas aumenta a ansiedade no mercado.” 

As autoridades russas proibiram a divulgação desses dados em maio do ano passado, devido aos ataques ucranianos, alegando a necessidade de evitar “manipulação do mercado perante a situação geopolítica”.  

Mesmo sem acesso a dados oficiais, os russos sentem que a situação do combustível está a piorar. Apesar de os preços ao consumidor terem subido mais lentamente do que os preços por grosso - graças ao apoio financeiro estatal às petrolíferas no mercado interno e a uma proibição tácita de aumentos acentuados - os aumentos continuam a ser significativos.

Alguns postos da região estão a racionar o combustível através de cupões entregues a organizações, segundo a imprensa local - uma prática que faz muitos russos lembrarem-se da era soviética tardia.

 

A Crimeia, anexada pela Rússia, também esgotou este tipo de gasolina. Sergei Aksyonov, chefe da Crimeia nomeado por Moscovo, atribuiu os problemas a “uma redução nos volumes de produção e a dificuldades logísticas” no seu canal de Telegram.

Os preços da gasolina ao consumidor na Rússia subiram 9% no último ano e mais de 5% desde janeiro, ultrapassando a inflação média. Os aumentos e as falhas de abastecimento variam conforme as regiões e os postos de combustível, sendo as zonas mais afastadas do centro do país as mais afetadas. 

Os analistas acreditam que os preços vão continuar a subir pelo menos até setembro e que as falhas persistam nas regiões de difícil abastecimento. Ainda assim não está prevista uma escassez nacional generalizada, já que a procura sazonal de verão vai diminuir e parte das refinarias danificadas poderá ser restaurada.  

 

A Ucrânia parece ter outros planos. “Mais virão”, declarou o estado-maior ucraniano numa nota que confirma o mais recente ataque à refinaria de Syzran, na região de Samara, no centro da Rússia, a 15 de agosto. 

No entanto, uma crise sistémica ainda está longe, visto que os veículos pesados e o equipamento militar funcionam a gasóleo, que não está em falta. “Uma crise total de abastecimento de combustível - que afete o exército, os transportes e a agricultura e que possa abalar a economia - ainda está distante”, concluiu Vakulenko.

A Semana com CNN Portugal

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