O chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, conversaram esta noite por telefone e frisaram a importância da divulgação das atas das eleições venezuelanas de domingo, indicou a presidência brasileira.
De acordo com a presidência brasileira, Lula da Silva “que tem mantido acompanhamento permanente do processo eleitoral por meio de seu Assessor Especial, Celso Amorim, enviado a Caracas”.
O representante brasileiro, recordou o chefe de Estado brasileiro a Joe Biden, já esteve reunido, depois do processo eleitoral, com o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e com o opositor Edmundo González Urrutia.
Reiterou a posição do Brasil “de seguir trabalhando pela normalização do processo político no país vizinho, que terá efeitos positivos para toda a região”, lê-se na mesma nota, na qual se refere que Lula da Silva “reiterou que é fundamental a publicação das atas eleitorais do pleito ocorrido no último domingo”
“Biden concordou com a importância das divulgações das atas”, indicou a presidência brasileira.
Em comunicado, a Casa Branca confirmou que “os dois líderes concordaram com a necessidade de as autoridades eleitorais venezuelanas divulgarem imediatamente dados completos, transparentes e detalhados sobre a votação nas assembleias de voto”.
O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano divulgou o seu único boletim durante a madrugada de segunda-feira, com apenas 80% das urnas apuradas, e atribuiu a vitória a Maduro com 51,2 % dos votos, contra 44,2 % do opositor Edmundo González Urrutia, apoiado por María Corina Machado.
A oposição, por sua vez, garantiu que tem mais de 70% dos votos e que o resultado parcial é favorável a González Urrutia, que, segundo ela, obteria 70% dos votos contra 30% do presidente e candidato à reeleição.
Maduro foi certificado pela CNE na segunda-feira, ato que foi seguido de numerosos protestos que continuaram na terça-feira e nos quais, segundo a Procuradoria-Geral da República, foram detidas cerca de 750 pessoas.
De acordo com organizações não-governamentais, pelo menos 11 pessoas foram mortas e 84 ficaram feridas, enquanto o Ministério da Defesa venezuelano garantiu que está em curso um “golpe de Estado” orquestrado por “fatores fascistas de extrema-direita”.
A Semana com Lusa
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