sexta-feira, 18 outubro 2024

Cidadãos queixam-se da situação do país provocada por “um certo desgaste” do atual Governo

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A situação em que se vive o país, nomeadamente em sectores como transportes aéreos e marítimos, saúde, educação, é preocupação de alguns cidadãos, que no seu entendimento, indica “certo desgaste” do Governo liderado por Ulisses Correia e Silva.

 

 

“No capítulo dos transportes, não chamo isso de um caos, porque há ainda aeronaves a sobrevoarem a nossa terra, mas posso imaginar o que aconteceria em situações de grande emergência, com essa lacuna muito grande em matéria de transporte, que afecta todos os sectores da vida nacional e outros segmentos do nosso desenvolvimento”, comentou sociólogo Adalberto Gomes.

 

Este sentimento foi manifestado hoje à Inforpress quando abordados a propósito dos três anos de governação do segundo mandato de Ulisses Correia e Silva, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD), após entrevista colectiva com os jornalistas, que teve lugar em São Vicente, para balanço desses anos de administração do país.

O sociólogo Adalberto Gomes compreende que quando se dá um segundo mandato a um governo, parte-se do princípio que algumas expectativas do povo foram satisfeitas.

Porém, denota que neste segundo mandato as pessoas dão conta de “um certo desgaste” por parte deste Governo com forte incidência nos sectores considerados de extrema importância para a vida nacional, não só para a vida do cidadão como também da economia e o progresso do país.

No capítulo dos transportes, não chamo isso de um caos, porque há ainda aeronaves a sobrevoarem a nossa terra, mas posso imaginar o que aconteceria em situações de grande emergência, com essa lacuna muito grande em matéria de transporte, que afecta todos os sectores da vida nacional e outros segmentos do nosso desenvolvimento”, comentou.

Por seu lado, enquanto “observadora” do cenário político no país, Hirondina Pina depreende, também, que Cabo Verde não está bem, situação provocada, conforme analisou, pelo “cansaço” dos governantes que estão a “comandar este barco” composto por dez ilhas, e uma delas desabitadas.

"As coisas não vão ao encontro daquilo que são as expectativas dos cabo-verdianos. Venho acompanhando este segundo mandato com alguma preocupação, principalmente nestes últimos anos, não obstante o impacto negativo da pandemia da covid-19”, analisou um tanto ou quanto cética de que o governo poderá dar a volta à situação.

A política tem dessas. Normalmente nos dias, meses ou até anos que antecedem as eleições, o governo tem por hábito conseguir imprimir esforço no sentido de criar um cenário diferente. Político tem essa capacidade, mas também as pessoas, em consciência, devem fazer uma avaliação, agir e posicionar-se em conformidade”, elucidou.

Igualmente “assaltado” pela Inforpress, Marco António disse que não fosse a crise provocada pela pandemia, associada à guerra na Ucrânia, Cabo Verde poderia alcançar maior e melhor crescimento.

"Há que saber reconhecer o desenvolvimento do país, embora exista, ainda, um fosso muito grande entre o extrato da sociedade que tem uma vida confortável, enquanto analisamos a situação do grosso da população cabo-verdiana, muita gente no desemprego”, ponderou, analisando, de igual forma, o problema dos transportes, saúde e educação.

A partir do Sal, Kátia Carvalho, que foi eleita municipal da bancada do PAICV (principal partido da oposição), teceu duras críticas à governação de Ulisses Correia e Silva, sublinhando que “infelizmente o país não está bem, e as pessoas também não falam”.

“A participação é muito fraca, e isso também é sintomático do estado de espírito das pessoas que se encontram cansadas, agastadas com este segundo mandato deste governo”, observou, considerando que o país está a andar para trás.

O país é nosso. Independentemente de quem está a governar, nós queremos que avance, mas infelizmente, em várias áreas fulcrais para a governação e desenvolvimento estamos a andar para trás”, considerou, apontando, por exemplo, a situação dos transportes.

"A situação dos transportes no país é inconcebível. Não temos ligações funcionais, periódicas e estáveis. Isso é gravíssimo porque não promove a economia, a dinâmica que seria salutar para o equilíbrio do território”, sublinhou, exemplificando que pessoas em Santo Antão, Santiago e São Nicolau não conseguem fazer escoar os seus produtos, enquanto no Sal passa-se uma “afronta” para pôr produtos frescos, peixe e carne na mesa porque não há produção local, e não se consegue fazer esta mobilidade, fornecimento inter ilhas.

Segundo a mesma fonte, quem fala na questão da alimentação fala também na saúde, onde no Sal, por exemplo, os evacuados não conseguem, “muitas vezes,” sair da ilha, com urgência que se deveria ter, porque não há transportes regulares.

“E não há coragem para falar disto. As pessoas ficam caladas a sofrer e a deprimir-se com o que estamos a ver na nossa sociedade. A educação e a saúde são outros sectores que não estamos a avançar”, lamentou a ex-deputada.

"Dá até medo de abrir o Facebook, porque todos os dias pessoas morrem. E pessoas a morrer são indicadores de que algo não está bem a nível da prevenção, tratamento e seguimento. É preciso fazer diferente”, concluiu.

A Semana com Inforpress 

 

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