O grupo Cruzeiros do Norte vai desfilar este ano com o enredo “Farol do Atlântico, Brilhante de Mil Luzes”, tema idealizado pelo carnavalesco Fernando de Morais e que contou com contribuições de membros da direcção do grupo.
De acordo com a nota justificativa divulgada pelo grupo, “Farol do Atlântico, Brilhante de Mil Luzes” é uma ideia que o carnavalesco do Cruzeiros do Norte tinha na gaveta há muitos anos e que foi amadurecendo paulatinamente após o término do Carnaval do ano passado, em que foi o 2º classificado.
“É um enredo com um fio-condutor próprio e um desenvolvimento característico, daí que o vamos apresentar no sambódromo, no dia 04 de Março de 2025. Será somente o lado positivo relacionado com a nossa existência, o que nos caracteriza e nos representa como Nação”, descreve o mesmo documento.
Conforme o grupo, a ideia é abordar o lado positivo da vida, retratando coisas boas que a nação cabo-verdiana importou de outros povos e culturas e ainda mostrar como os cabo-verdianos são capazes de transformar e exportar esses mesmos aspectos como se fossem originais deste país.
“Apesar de ser uma ideia minha, é um enredo que tem várias contribuições de outras pessoas do Grupo Carnavalesco Cruzeiros do Norte, permitindo assim o seu enriquecimento. Sendo um enredo sobre Cabo Verde, é natural que outras pessoas deem o seu contributo”, destacou Fernando de Morais.
Segundo o carnavalesco, o enredo será apresentado como se fosse pensado por um poeta cabo-verdiano, que poderá ser ou não Jorge Barbosa, imaginando e fantasiando.
“Sentado, calmamente escrevendo uma ópera que será apresentada em quatro actos, mas sem dramatização, ao céu aberto, no maior espectáculo de Cabo Verde, que é o Carnaval", elucidou.
Conforme a mesma fonte, o poeta irá viajar num mundo de fantasias em que ele imagina como Deus terá formado o farol do atlântico, nesse caso, as ilhas e ilhéus, os grãozinhos de terra espalhados no oceano atlântico, passando pela chegada dos navegadores que encontraram somente praias, areia, terra, rochas, pássaros e peixes no mar” acrescentou.
Nos segundo e terceiro momentos, o poeta imaginará a chegada de povos de outros países e continentes com os seus hábitos, costumes e culturas. E, no final, essa miscelânea de culturas europeia e africana resulta na cultura cabo-verdiana que será exportada para o mundo.
“Cabe-nos colocar no desfile tudo aquilo imaginado e fantasiado pelo poeta, exactamente como ele vai escrevendo nos quatro actos desta ópera, deste espetáculo a céu aberto”, acrescentou.
Conforme a mesma fonte quando se fala em “Farol do Atlântico” está-se a citar Cabo Verde, que se encontra no oceano atlântico e “Brilhante de Mil Luzes” significa que cada uma dessas mil luzes representam as gentes, os hábitos e os costumes nas esferas social, económico, político, cultural, musical, literário, gastronómico, linguístico, artístico, antropológico do povo cabo-verdiano.
A Semana com Inforpress
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