A TACV Cabo Verde Airlines está a trabalhar para reforçar ainda mais a rota doméstica com o aluguer de mais um avião, avançou esta quarta-feira, 24, à Inforpress, uma fonte da companhia aérea cabo-verdiana.
Segundo essa mesma fonte, desde que a transportadora aérea de bandeira nacional voltou a operar nos voos domésticos em Cabo Verde tem estado a reforçar a conectividade entre as ilhas consoante as necessidades, tendo introduzido nesses últimos dias mais quatro voos para a ilha do Fogo.
Entretanto, assegurou que neste momento a TACV Cabo Verde Airlines está no mercado à procura de um avião para aluguer e reforçar ainda mais a rota doméstica.
A mesma fonte lembrou que a TACV Cabo Verde Airlines retomou as operações domésticas “em regime de complementaridade” à operação da TICV - Bestfly Cabo Verde
No dia 29 de Fevereiro a companhia começou a realizar voos domésticos de e para as ilhas de Santiago, São Vicente, Sal e Boa Vista com o ATR 72-600 6V ASN alugado a Air Senegal.
Nessa altura a Bestfly operava com um único avião que sofria avarias frequentes, deixando passageiros em terra, e com informações que a aeronave iria deixar o país para manutenção num país europeu.
A partir de 20 de Março, a TACV Cabo Verde Airlines começou a realizar voos de e para os aeródromos do Fogo, Maio e São Nicolau, com recurso a um novo avião alugado à Global Aviation.
A companhia começou a realizar os voos da Bestfly, em regime de prestação de serviço, para colmatar o vazio deixado com a ida do avião da companhia para manutenção em França.
Desde Maio de 2021 que a BestFly, companhia angolana, passou a ter concessão do serviço público de transporte aéreo interilhas em Cabo Verde com a saída da Binter do mercado doméstico cabo-verdiano.
Na terça-feira, 23, através de um comunicado, a BestFly World Wide, accionista maioritária dos Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) comunicou que vai deixar de operar em Cabo Verde por acreditar não estarem reunidas as condições para prosseguir com o trabalho que tem vindo a desenvolver.
“A BestFly World Wide, accionista maioritária da TICV, tomou a difícil decisão de deixar de operar definitivamente em Cabo Verde e suspender a operação da companhia no país, tendo esse pedido de suspensão já sido apresentado junto da AAC”, informa a TICV à imprensa.
Na sequência, a Agência de Aviação Civil (AAC) justificou a suspensão do Certificado de Operador Aéreo (COA) e da Licença de Explorador Aérea (LEA) da TICV, representada pela Bestfly, por incumprimento de requisitos e degradação da capacidade financeira da empresa.
Por seu turno, o ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, disse que o Governo vai analisar melhor a retirada definitiva da TICV do país, e que os direitos dos trabalhadores e dos passageiros terão de ser verificados.
A Semana com Infopress
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