O Governo de Cabo Verde rejeitou nesta terça-feira qualquer possibilidade de negociar com o Reino Unido a receção de imigrantes ilegais redirecionados das ilhas britânicas, à semelhança do acordado com o Ruanda.
“O assunto nunca foi abordado” e “o Governo não aceita encetar qualquer negociação nesse sentido”, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, em comunicado.
A reação surgiu depois de o jornal britânico The Times ter noticiado, na segunda-feira, que Cabo Verde e Angola estarão numa lista de países que poderão ser abordados pelo Reino Unido, caso falhem as negociações com outros países (como a Costa Rica, Arménia, Costa do Marfim e Botsuana) para o envio de migrantes, segundo documentos oficiais obtidos através de uma fuga de informação.
A proposta de lei do Governo britânico para deportar imigrantes ilegais para o Ruanda voltou à Câmara dos Comuns para nova série de debates e votações a emendas aprovadas na Câmara dos Lordes.
A proposta de lei é considerada essencial pelo primeiro-ministro, Rishi Sunak, para dissuadir migrantes que atravessam o Canal da Mancha em pequenas embarcações como barcos insufláveis.
Sunak espera que os primeiros voos de deportação partam para o Ruanda ainda na primavera, obtendo assim um argumento de campanha para tentar ganhar as próximas eleições legislativas.
A Semana com Lusa
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