domingo, 22 dezembro 2024

Banco Mundial alerta Cabo Verde para eliminação das barreiras regulamentares que dificultam investimento privado

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

O ambiente competitivo limitado, transportes e logística e energia são os constrangimentos transversais ao investimento privado em Cabo Verde identificados no Diagnóstico do Sector Privado Nacional (DSPN) realizado pela International Finance Corporation (IFC) e o Banco Mundial.

 

«Sendo uma pequena economia insular, Cabo Verde é estruturalmente propenso à concentração de mercado com concorrentes limitados. As empresas em Cabo Verde enfrentam riscos decorrentes da presença do Estado em vários sectores, regulamentações que aumentam os custos operacionais e fraca aplicação da concorrência e da regulamentação sectorial”, refere o documento.

 

Neste sentido, de acordo com o relatório publicado segunda feira  na cidade da Praia, e que irá ajudar a formar o quadro de parceria com o Governo de Cabo Verde, o Banco Mundial alerta o Governo de Cabo Verde para a necessidade da eliminação das barreiras regulamentares que ainda dificultam o investimento privado.

Conforme o documento, isto implica o reforço das capacidades institucionais para implementar regulamentos que promovam o potencial de concorrência do mercado, o que é fundamental para atrair investimentos que aumentem a produtividade, expandem a base económica e capacitem mais empresas e empresários para competirem globalmente em termos de preços e qualidade.

“Sendo uma pequena economia insular, Cabo Verde é estruturalmente propenso à concentração de mercado com concorrentes limitados. As empresas em Cabo Verde enfrentam riscos decorrentes da presença do Estado em vários sectores, regulamentações que aumentam os custos operacionais e fraca aplicação da concorrência e da regulamentação sectorial”, refere o documento.

O relatório do estudo realizado em conjunto pela IFC e pelo Banco Mundial adianta que o “papel significativo” do Governo como regulador e interveniente no mercado em sectores competitivos precisa ser reequilibrado para permitir o aumento da concorrência através da entrada de privados.

“As empresas com participação pública directa e indirecta igual ou superior a 10 por cento, referidas como “negócios do Estado,” detinham participações em 33 empresas, representavam 18 por cento do PIB e empregam mais de 3.100 trabalhadores (3,5 por cento do emprego formal) em 2019”, refere.

Conforme a mesma fonte, o reequilíbrio deverá centrar-se na separação dos serviços verticalmente integrados, na liberalização dos mercados através de parcerias público-privadas (PPP) e na implementação de medidas de desinvestimento, quando apropriado.

Por outro lado, o Banco Mundial e a IFC propõem a liberalização ainda mais o mercado, pelo que considera ser essencial a introdução do licenciamento baseado no risco, ajuste os controlos de preços e facilitação na partilha de infraestruturas em sectores facilitadores essenciais.

“A concorrência limitada nos principais mercados de factores de produção não só se traduz em elevados custos de Internet e energia e em serviços aéreos e marítimos pouco fiáveis (passageiros e transporte marítimo), mas também diminui o atractivo de Cabo Verde para os turistas”, alertaram as duas entidades.

O relatório, apresentado esta segunda-feira na Praia, realça, entretanto, que a criação de uma nova autoridade da concorrência em 2022 é um passo positivo para melhorar o ambiente competitivo.

Contudo, sugere que a autoridade precisa ser ainda mais reforçada através de recursos humanos e de capital adicional e de uma demarcação clara de funções entre os reguladores sectoriais, de modo a supervisionar os mercados de forma mais eficaz.

“Uma política de concorrência sólida é essencial para permitir o investimento privado e aplicar regras pró-concorrência que garantam condições de concorrência equitativas. Cabo Verde pode aproveitar oportunidades importantes abrindo os seus mercados ao investimento privado, reformando o seu ambiente regulamentar para criar condições de concorrência equitativas.

Este DSPN avaliou sectores onde reformas direccionadas poderiam aumentar o investimento privado, contribuir para o crescimento e apoiar a criação de empregos, alinhando-se com a visão estratégica do Governo.

O turismo, a economia azul e os serviços digitais foram apontados como sendo os principais sectores onde há oportunidades de investimento privado.

 

A Semana com Inforpress

 

05 de março 2024

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Xalala
17 days 9 hours

Vai investigar nada Bundão!

Valdo de Pina
19 days 6 hours

O UCS só ouve a própria voz, numa sinfonia desafinada que ecoa a era de Carlos Veiga no poder. Duas relíquias teimosas,

Teste
28 days 21 hours

Isto é somente um teste. Porque não vejo os comentários das pessoas debaixo da notícia como antes?

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos