O líder dos conservadores alemães, Friedrich Merz, admitiu esta segunda-feira que Berlim poderá fornecer à Ucrânia mísseis Taurus de longo alcance, após uma reunião em Kiev com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
"O Presidente Zelensky conhece a nossa posição relativamente aos mísseis Taurus. Nada mudou a este respeito. A situação atual, no início de dezembro de 2024, continua a ser a mesma", disse Merz.
"Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para permitir que a Ucrânia exerça o direito à autodefesa sem restrições", acrescentou.
O líder dos conservadores alemães, Friedrich Merz, favorito nas próximas eleições da Alemanha, visita hoje Kiev, uma semana depois de o adversário, o chanceler social-democrata Olaf Scholz, ter visitado a Ucrânia.
Sob certas condições, Merz é favorável à entrega de mísseis alemães Taurus a Kiev, ao contrário de Olaf Scholz, que continua a recusar-se a fazê-lo por receio de um agravamento da situação em relação à Rússia.
"Viajei hoje para Kiev para saber qual é a situação na Ucrânia e como podemos oferecer o nosso apoio", disse Merz, hoje de manhã, através das redes sociais.
"A guerra na Ucrânia tem de terminar o mais rapidamente possível. O presidente russo Vladimir Putin só aceitará negociar se a Ucrânia conseguir defender-se", escreveu Merz.
Há uma semana, Olaf Scholz também visitou Kiev e garantiu a Volodymyr Zelensky que a Rússia não podia ditar à Ucrânia as condições de paz.
O chefe de Estado ucraniano disse que voltou a discutir com o chanceler alemão o pedido de entrega de mísseis Taurus, capazes de atingir o território russo.
Desde a invasão russa, a Alemanha é o segundo maior fornecedor de ajuda militar a Kiev, a seguir aos Estados Unidos.
O míssil Taurus KEPD-350 é considerada uma das mais modernas armas em uso pelo Exército alemão (Bundeswehr).
O míssil tem cinco metros de comprimento, pesa 1,4 toneladas e é disparado do ar por aviões de combate.
O projétil desloca-se a uma velocidade de até 1.170 quilómetros por hora e pode atingir um alvo que pode estar a 500 quilómetros de distância.
Este míssil de longo alcance voa a uma altitude de 35 metros, o que torna quase impossível a deteção pelos sistemas de radar.
A Semana com Lusa
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