quarta-feira, 22 janeiro 2025

Autismo: causas, sintomas e tratamento

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O autismo é uma perturbação devido à qual as crianças pequenas são incapazes de estabelecer relações sociais normais, comportam-se de maneira compulsiva e ritual e, em geral, não desenvolvem uma inteligência normal.

 

Por Elsa Fontes

 

Os indícios do autismo, habitualmente, aparecem no primeiro ano de vida, mas sempre antes dos 3 anos. A perturbação é de duas a quatro vezes mais frequente no sexo masculino do que no feminino. O autismo é uma entidade diferente do atraso mental normal ou da lesão cerebral, embora algumas crian-ças autistas também sofram destas perturbações.

 

Causas

A causa é desconhecida. Contudo, o autismo não é causado por má paternidade. Os estudos sobre gé-meos indicam que a perturbação pode ser em parte genética, porque tende a manifestar-se em ambos se ocorre num. Embora na maioria dos casos não tenha causa óbvia, alguns podem relacionar-se com uma in-fecção viral (por exemplo, rubéola congénita ou doen-ça de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (carência hereditária de enzimas) ou a síndroma de X frágil (perturbação cromossómica).

 

Sintomas e diagnóstico

Uma criança autista prefere estar sozinha, não se relacionar intimamente, não abraçar, evita o contacto visual, resiste à mudança, agarra-se, excessivamente, aos objectos familiares e continuamente repete ou ri-tualiza certos actos. Geralmente, começa a falar mais tarde que outras crianças, utilizando a linguagem de maneira peculiar; outras são incapazes de o fazer ou simplesmente negam-se. Quando se fala, a criança muitas vezes tem dificuldads de compreensão. Pode repetir palavras (ecolalia) e inverte o uso normal dos pronomes, particularmente usando tu e a ti em vez de eu ou a mim ao referir-se a si mesma.

 

A observação dos sintomas numa criança autista permite ao médico fazer o diagnóstico, embora ne-nhuma prova seja específica.É possível a realização de certos estudos para detectar outras causas de per-turbação cerebral.

As crianças autistas, na maioria dos casos, reali-zam actos intelectuais irregulares e, por conseguinte, a avaliação da sua inteligência torna-se difícil e há que repetir as provas várias vezes. Estas crianças, habi-tualmente, rendem mais em actos específicos(provas de motricidade e habilidades de localização espacial) do que em actos verbais nas provas do coeficientede inteligência (CI). Estima-se que 70 % das crianças com autismo apresentam também um certo grau de atraso mental (um CI inferior a 70).

Aproximadamente 20% a 40% das crianças autis-tas, particularmente as que têm um CI inferior a 50, sofrem de ataques antes da adolescência. Algumas crianças autistas têm ventrículos aumentados (áreas deprimidas) no cérebro, que se podem observar numa tomografiaaxial computadorizada (TAC). Nos adul-tos com autismo, a imagem de ressonância magnética (RM) pode revelar outras anomalias cerebrais.

Uma variedade do autismo, chamada perturbação generalizada do desenvolvimento infantil ou autis-mo atípico, pode iniciar-se mais tarde, até aos 12 anos de idade. Como acontece no autismo que começa na infância, a criança com perturbação generalizada do desenvolvimento infantil tem amaneiramentos estra-nhos e modelos de fala pouco comuns. Estas crianças também podem sofrer da síndroma de Tourette, de perturbação compulsiva obsessiva ou de hiperactivi-dade. Devido a isto, o médico pode encontrar certa di-ficuldade em difeenciar os sintomas uns dos outros.

 

Prognóstico e tratamento

Os sintomas do autismo, habitualmente, per-sistem durante toda a vida. Muitos especialis-tas acreditam que o prognóstico é determinado, fundamentalmente, pela quantidade de lingua-gem frequente que a criança adquiriu até aos 7 anos de idade. Os autistas com inteligência infe-rior à normal (por exemplo, os que atingem um valor inferior a 50 nos testes de CI) provavel-mente exigem um cuidado institucional a tem-po completo quando atingirem a idade adulta.

As crianças autistas com níveis de CI quase normais ou altos beneficiam,muitas vezes, com a psicoterapia e a educação especial. A terapia da linguagem inicia-se precocemente, assim como a fisioterapiae a terapia ocupacional. A linguagem por sinais é utilizada em várias oca-siões para comunicar com as crianças mudas, embora se desconheçam as vantagens. A terapia do comportamento pode ajudar as crianças au-tistas a desembaraçarem-se em casa e na escola. Esta terapia é útil quando uma criança autista esgota a paciência dos pais, inclusive os mais adoráveis e dos professores mais dedicados.

Os medicamentos, em algumas ocasiões, são úteis, mas não podem mudar a perturba-ção subjacente. São utilizados, principalmente, para controlar o comportamento agressivo e o comportamento autodestrutivo ou para o trat-tratamento dos sintomas e comportamentos das crianças autistas.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Terra
8 days 13 hours

Ha muitos que estou apagar por essas brucracia e falsificar os documentos?

Terra
13 days 11 hours

MPD ta juga bonito tambe???

Terra
14 days 8 hours

Um dos Home da nossa terra mais compitentes que fica,. Os políticos da nossa pátria sem djobe pa ???

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