A comissão política nacional do Movimento pela Democracia (MpD), partido no Governo em Cabo Verde, decidiu esta sexta-feira marcar uma reunião da direção nacional para 11 de janeiro de 2025, na sequência do desaire eleitoral nas autárquicas de domingo.
Orlando Dias, deputado do partido, defendeu na quarta-feira que Ulisses Correia e Silva devia deixar a liderança do MpD e que deviam ser antecipadas eleições internas.Paulo Veiga, ex-líder da bancada parlamentar do MpD, escreveu na segunda-feira que a viragem "contundente" nas autárquicas é "uma derrota do Governo" e que é necessário “corrigir o rumo e preparar as próximas batalhas".
Fernando Elísio Freire, vice-presidente do partido, referiu, em conferência de imprensa, na Praia, que a reunião servirá para “definir orientações estratégicas para que o MpD volte a ganhar eleições e continue a ser o maior partido cabo-verdiano”.
“O MpD vai reforçar a sua ação política” para estar “em alinhamento com as ambições e vontade dos cabo-verdianos”, acrescentou.
O partido no Governo perdeu a maioria autárquica para o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), maior partido da oposição parlamentar, que conseguiu o feito inédito de conquistar 15 das 22 câmaras municipais.
A reviravolta aconteceu antes das eleições de 2026, presidenciais e legislativas.
Questionado sobre se a derrota é uma resposta à ação do Governo, o vice-presidente do partido atribuiu-a a “causas múltiplas”.
“As causas podem ser várias, o importante é termos a humildade de perceber o caminho que temos de percorrer para podermos voltar a ganhar”, com o partido “coeso”, disse.
Face às críticas internas a Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro e presidente do MpD, Fernando Elísio Freire apontou-o com a figura que “já ganhou várias eleições”.
“Ulisses Correia e Silva é um ativo do MpD, está ao dispor [do partido] para nos levar à vitória em 2026”, acrescentou.
“Estamos em condições de alinhar as vontades, alinhar o caminho, redefinir estratégias e voltar a ganhar eleições, o resto são opiniões”, referiu.
Fernando Elísio Freire disse ainda que, a nível interno, “tudo o que não vá ao encontro daquilo que é fazer o MpD voltar a ganhar não deve ser relevante”.
O foco, acrescentou, “é que todos, independentemente das vontades, gostos ou estratégias” se empenhem “em erguer [o partido] e combater para que o MpD possa voltar a ganhar”.
Orlando Dias, deputado do partido, defendeu na quarta-feira que Ulisses Correia e Silva devia deixar a liderança do MpD e que deviam ser antecipadas eleições internas.
Paulo Veiga, ex-líder da bancada parlamentar do MpD, escreveu na segunda-feira que a viragem "contundente" nas autárquicas é "uma derrota do Governo" e que é necessário “corrigir o rumo e preparar as próximas batalhas".
A Semana com Lusa
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