Os preços dos produtos exportados por Cabo Verde, em outubro, foram 28,6% mais elevados do que há um ano, superando a variação homóloga marginal (+0,4%) do lado da importação, contribuindo para preços médios mais favoráveis.
Os dados foram divulgados hoje no boletim do Índice de Preços do Comércio Externo, que mostra a evolução dos preços das operações de importação e exportação de mercadorias em Cabo Verde.
O país verifica uma tendência de preços de exportação mais favoráveis sobretudo desde agosto, sendo as conservas de peixe o principal produto do cabaz.
Em outubro, o Índice de Termos de Troca (relação entre os preços das exportações e os preços das importações) fixou-se em 104,9 pontos, sinalizando (ao estar acima de 100 pontos) a vantagem para Cabo Verde nos preços médios das mercadorias exportadas face às importadas.
O peixe enlatado e congelado representa mais de dois terços das exportações de mercadorias de Cabo Verde, sendo dirigidos sobretudo à União Europeia (UE), tendo Espanha como o principal comprador.
Ainda assim, no quadro geral, representam apenas um décimo daquilo que Cabo Verde exporta em serviços, ou seja, o turismo, viagens e atividades associadas são o motor do qual depende quase por inteiro a economia do arquipélago.
Os dados do boletim de Índices de Preços do Comércio Externo são obtidos pelo INE a partir de registos administrativos.
Os índices são medidos em valores unitários a partir de um valor base de 100 pontos fixado em 2015.
A Semana com Lusa
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