O Banco Europeu de Investimento e a União Europeia disponibilizaram cerca de 300 milhões de euros (mais de 30 mil milhões de escudos) a Cabo Verde para apoiar o país em sectores estratégicos do digital, portuários e energias renováveis.
O acordo, que consta da estratégia Global Gateway da União Europeia em Cabo Verde, foi assinado esta quarta-feira pelo vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ambroise Fayolle, pela directora-adjunta das Parcerias Internacionais da União Europeia, Myriam Ferran, pelo ministro das Finanças, Olavo Correia, e pelo ministro do Mar, Jorge Santos.
Para Olavo Correia, trata-se de um acordo “importante” e “histórico” em termos de envelope financeiro sendo que é a primeira vez que são assinados acordos desta envergadura entre as partes, mas também que sela um compromisso da União Europeia com a visão de Cabo Verde em relação ao seu futuro.
Segundo o governante, essa visão passa por investir na acção climática, na edificação de uma nação digital, nas conectividades e mobilidades, na diversificação da economia cabo-verdiana e no sector privado, no capital humano, assim como combater a pobreza extrema e pobreza absoluta e garantir o acesso dos cidadãos aos bens essenciais.
Para o governante, este compromisso, que é ancorado, primeiramente, nos valores, olha também para a capacidade do país em diversificar a sua economia, criar empregos qualificados e bem remunerados para os seus jovens e mulheres desta nação.
Explicou que com este apoio serão desenvolvidos projectos de infra-estruturas ligados ao mar, nomeadamente, a extensão do Porto Grande e do porto de Pesca em São Vicente, em Porto Novo, Santo Antão, toda a transição energética ao nível da gestão dos portos, nomeadamente, no quadro do Terminal de Cruzeiros.
"Estamos a trabalhar também para termos uma boa empresa de reparação naval a cabo-nave com as condições para prestarmos um serviço para a cabotagem, mas também para todos os barcos de pesca e outros que procuram Cabo Verde para ter um serviço”, apontou.
Na mesma linha, serão desenvolvidos projectos a nível da transcrição energética que contempla todo o sistema de energia em Santiago, digitalização das redes, da modernização do cabo submarino de fibra óptica para ligar as ilhas, mas também tudo aquilo que tem a ver com a iluminação pública na base de lâmpadas LED.
“Nós temos de trabalhar num bom quadro de governança conjunta União Europeia e Cabo Verde para que possamos entregar resultados no tempo certo e no prazo estabelecido”, precisou.
Por seu turno, o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ambroise Fayoll realçou a importância deste montante uma vez que vai financiar projectos que correspondem às prioridades estratégicas e à visão de Cabo Verde em particularmente no sector da economia verde, azul e digital.
“Nós estamos realmente muito felizes por ter vindo hoje a Cabo Verde e agora vão ter de colocar em prática esses projectos rapidamente, para podermos mostrar ao povo esses projectos que permitem criar mais empregos para os jovens, mulheres, comunidades e para o futuro de Cabo Verde”, referiu.
Na ocasião, Ambroise Fayoll mostrou-se “muito optimista” sobre o futuro de Cabo Verde que, em seu entender, é um país modelo para a África e para as relações com a Europa.
O acordo foi assinado no âmbito da visita de dois dias que o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI) e a directora-geral-adjunta das Parcerias Internacionais da União Europeia, Myriam Ferran, efectuam a Cabo Verde.
A Semana com Inforpress
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