O Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa) considerou hoje que a situação laboral na Câmara Municipal da Boa Vista é “crítica” e acusou a autarquia de fazer “manobras perigosas”.
A acusação foi feita pelo presidente do Siacsa, Gilberto Lima, em conferência de imprensa, realizada esta manhã, para denunciar a situação laboral na autarquia da Boa Vista, mais propriamente da não implementação do novo Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) e outras situações conexas.
Adiantou que a situação actual é “crítica”, e tem prejudicado os seus colaboradores, porque a autarquia não saldou as dívidas que herdou e acumulou com os seus funcionários relativamente às actualizações salariais referente aos anos de 2021, 2022, 2023 a 2024.
Outra situação que considera “gritante” é o facto da autarquia convocar um encontro para o próximo dia 03 deste mês, entre os seus colaboradores e um outro sindicato (SINTAP), que não tem legitimidade para representar e nem se reunir com esses trabalhadores já que estão associados no Siacsa e com quotas em dia.
“Daí que o SINTAP não tem legitimidade de representar os nossos associados e nem a câmara deve promover o encontro entre os seus funcionários e o sindicato que não representa a classe, (…) isto é uma autêntica palhaçada”, afirmou Gilberto Lima que considerou a atitude de “ridícula, incompreensível contraproducente”.
“Se calhar aquele sindicato está mal informado e deve ter mais cuidado porque os funcionários públicos estão sindicalizados em vários sindicatos e se há entendimento que só o SINTAP é que possa representar os trabalhadores da função pública está redondamente enganado”, apontou.
Para o Siasca, a Câmara Municipal da Boa Vista deve aprimorar a sua implementação o mais urgente possível, e resolver essa questão que vem se arrastando desde Janeiro de 2024 com prejuízos para os funcionários.
Na mesma linha, acusou ainda a autarquia de não resolver a situação dos contratos precários existentes na câmara.
Gilberto Lima explicou que, de acordo com os dispositivos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e demais leis conexas, os trabalhadores podem estar sindicalizados nos diversos sindicatos da sua escolha de acordo com os seus estatutos.
Para o sindicalista, esta forma de fazer o sindicalismo da câmara é “nojenta”.
Na ocasião, adiantou que até este momento a maioria das câmaras municipais já deu o primeiro passo quanto à implementação do PCFR, faltando apenas a da Boa Vista.
“Tudo quanto sei, a maior parte dessas câmaras já fizeram a lista de transição, mas na ilha da Boa Vista ainda não temos essa lista pelo que eu saiba, ainda não foi enviado nem para a nossa coordenação nem para o sindicato central”, disse.
A Semana com Inforpress
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