As ilhas do Barlavento São Nicolau e Sal estiveram em greve nacional dos professores desde a manhã desta quinta-feira, 19, tendo a adesão sido muito positiva em São Nicolau e baixa no Sal. A greve de 48 horas dos docentes prolonga-se até amanhã, 20 de setembro.

Segundo a professora Elsa Neves de S.Nicolau, em conversa com a redação do Asemanaonline por telefone, a participação dos professores na greve, na cidade de Tarrafal foi muito positiva, tendo a maior totalidade de professores participado na greve, salvo alguns docentes que deram suas aulas normalmente por questões da religião.

Já na localidade de Ribeira Brava, Elsa diz que a adesão também foi forte, porém tiveram que suspender, devido a intensa chuva que fazia sentir.

A nossa entrevistada pede por respeito pelos seus direitos que neste momento estão a ser "defraudados", e se diz ficar triste pelo facto de o início do ano letivo está a ser marcado por greve da classe. Sobre o novo PCFR-Plano de Carreiras, Funções e Remuneração elaborado pelo Governo, considera ser uma “armadilha” para a classe.

Já a adesão à greve na ilha do Sal foi baixa, tendo a maioria dos docentes prosseguido com actividades letivas normais. Esta constatação é de João Baptista, em entrevista também por telefone com a nossa Redação. 

 Segundo  Baptista, o ambiente da concentração é de tranquilidade, principalmente onde se encontra reunido desde cedo, junto dos outros professores, em frente à escola da Palmeira, na ilha do Sal.

 A greve dos docentes foi mantida depois de o encontro de negociação com o Ministério da Educação, na terça-feira, 17, chegar ao fim sem acordo.  

 Os professores reivindicam por respeito e cumprimento dos acordos, no pagamento imediato dos  subsídios pela não redução da carga horária, ao direito a um Estatuto digno de uma Classe Especial, entre outros aspectos.

  Na cerimónia de arranque do ano letivo, na segunda-feira (16), o primeiro-ministro, Ulisses Correia e     Silva pediu aos Sindicatos que tenham uma "noção dos limites" da despesa pública.