A Direção Nacional de Receitas do Estado (DNRE) de Cabo Verde apreendeu 41,1 milhões de escudos em divisas não declaradas em 2023, um valor mais de quatro vezes superior em relação a 2022, divulgou hoje o Governo.

O valor total das apreensões a favor do Estado em 2023 atingiu 41,1 milhões de escudos (373,3 mil euros), enquanto no ano anterior tinha sido de 9,2 milhões de escudos (83,8 mil euros).

De acordo com o executivo cabo-verdiano, a Delegação Aduaneira do Aeroporto Internacional da Praia realizou 17 apreensões de divisas (euro e dólar) não declaradas durante o ano passado, que tinham como destino, sobretudo, Lisboa e Dacar, no Senegal.

A lei cabo-verdiana obriga todos os passageiros a apresentarem um formulário onde declaram as divisas, sempre que saem ou entrem no território cabo-verdiano com um montante igual ou superior a um milhão de escudos (nove mil euros) ou o equivalente em outra moeda estrangeira.

Para o Governo cabo-verdiano, é uma "ação alinhada” com as medidas que vêm sendo aplicadas “para detetar movimentos de dinheiro líquido” estabelecidas pelo Grupo de Ação Financeira sobre o branqueamento de capitais (GAFI).

O GAFI é um organismo intergovernamental que tem por objetivo conceber e promover, a nível internacional, estratégias contra o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

O país faz parte ainda do Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental (Giaba) e vem concretizando várias ações para responder às recomendações internacionais.

A Semana com Lusa