O artista cabo-verdiano Gil Semedo juntou-se à comunidade cabo-verdiana para um concerto de angariação de fundo para construção da Igreja das Mercês (Sintra), uma iniciativa felicitada pelo padre e pároco local, Manuel Oliveira Martins da Silva.
O concerto aconteceu na tarde/noite de domingo, 14, na Escola Visconde Juromenha de Mercês, com “casa cheia” dos paroquianos da Paróquia de São José, que inclui das localidades de Algueirão, Mem-Martins e Mercês, e que contou também com actuações de outros artistas cabo-verdianos, como batucadeiras “Paz e Amor” e Vicente Alvarenga.
“Eu vou muitas vezes à missa em Mercês, todos os domingos que cá estou, porque a minha sogra mora aqui. Foi durante uma missa ouvi o padre o falar nesse projecto de construção de uma igreja, por isso pus-me a pensar em como podia ajudar, e dirigir-me a eles a oferecer-me para este espectáculo”, contou Gil Semedo à Inforpress.
Por sua vez, o padre Manuel Oliveira Martins da Silva disse que a comunidade cabo-verdiana está “muito bem inserida também na vida da igreja”, por isso ela mesma propôs fazer algo para ajudar, sustentando que o “importante é que a construção da igreja seja fruto do trabalho da comunidade que estão a construir o futuro para os seus filhos”.
“Foi uma iniciativa da comunidade africana, mas mais a cabo-verdiana, para angariar fundos para uma futura igreja que estamos em projecto de construir aqui na Tapada de Mercês, que não tem ainda um lugar de culto digno para poderem celebrar”, explicou o pároco, indicando que precisam de um milhão e meio de euros para a concretização do projecto, sendo que até então conseguiram à volta de 300 euros.
Gelson Rodrigues é um dos cabo-verdianos à frente da organização do evento de angariação de fundo, que frisou que na paróquia sempre se faz actividades, mas de pequeno lucro, que não dá para a construção da igreja, e que Gil Semedo, por ser cristão, ajudou e fez com que muitas pessoas aderissem ao evento, mesmo não sendo católicos.
“Imprimimos 500 bilhetes que no total dá cinco mil euros, porque conseguimos vender todos os bilhetes”, contou à Inforpress, sustentando que iniciativas do tipo é para continuar e com mais artistas cabo-verdianos, tendo em conta que a comunidade é formada por milhares de cabo-verdianos.
No local, o que se ouvia, foram conversas em crioulo, já que os presentes que se deslocaram ao local do evento, na sua maioria eram cabo-verdianos que se mostrara satisfeitos com a iniciativa e esperam que mais sejam realizadas.
A Semana com Inforpress
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