Os chefes de Estado da Guiné Bissau, Angola e de Portugal participam, a 01 de Maio, na cerimónia de comemoração dos 50 anos de libertação dos presos políticos do Tarrafal, promovido pela Presidência da República.
Segundo uma nota de imprensa do Palácio Presidencial, o acto acontece no antigo Campo de Concentração, em Chão Bom, Tarrafal de Santiago e para além de ser um marco na história de Cabo Verde, constitui também um capítulo essencial com repercussão nos movimentos de libertação nacional nas antigas colónias portuguesas em África.
Neste sentido, o Presidente da República, José Maria Neves, convidou os seus homólogos da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, de Angola, João Lourenço e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que já confirmaram presença neste acto simbólico que reafirma o compromisso com os ideais da liberdade, autodeterminação e tolerância.
“O acto permite honrar a memória de todos aqueles que passaram pelo Campo de Concentração do Tarrafal e contribuíram para estarmos hoje onde estamos”, refere o comunicado enviado à Inforpress.
De acordo com a programação, as cerimónias iniciam-se às 06:00 da manhã, com alvorada, seguida de um desfile de honras militares, descerramento da placa do cinquentenário e deposição de coroa de flores, uma homenagem dos chefes de Estado.
Está prevista ainda uma sessão especial que contará com intervenções do presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, do Chefe de Estado cabo-verdiano, dos Presidentes da Guiné-Bissau e de Portugal, e de representantes dos antigos presos políticos, do Governo de Cabo Verde e do Presidente de Angola.
Consta ainda do programa uma conferência “Campo de Concentração do Tarrafal: Genealogia, Histórica, Modelos de Repressão e Memórias Transnacionais de Resistência”, a ser proferida por Victor Barros.
O acto termina com o “Concerto da Liberdade” um espetáculo que irmana artistas de quatro países, nomeadamente Mário Lúcio de Cabo Verde, Teresa Salgueiro de Portugal, Paulo Flores de Angola e Carina Gomes da Guiné-Bissau.
Para a Presidência da República, comemorar os 50 anos da Libertação dos Presos Políticos do Tarrafal é um acto de preservação da memória e um contributo para a educação das gerações mais recentes sobre os horrores do passado colonial.
Neste sentido, realçou que o Museu do Campo de Tarrafal é um testemunho vivo das lutas e conquistas do povo cabo-verdiano, de todos aqueles que ali estiveram presos e que resistiram à opressão e lutaram por justiça.
Promovido pela Presidência da República em parceria com diversas entidades do sector privado nacional e internacional, o programa teve um custo de cerca de oito milhões de escudos.
A Semana com Inforpress
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