O delegado de Saúde de São Vicente assegurou hoje que os cinco sobreviventes da piroga dada à costa no Calhau estão desidratos, mas “passam bem”, enquanto que dois dos cinco cadáveres já foram enterrados.
Elísio Silva falava à Inforpress sobre o estado de saúde das cinco pessoas que foram encontradas com vida e encaminhadas ao Hospital Baptista de Sousa, após a embarcação ter dado à costa numa das praias anexas à Vila Miséria, na localidade piscatória do Calhau.
Segundo a mesma fonte, os cinco ocupantes estão estáveis e ao cuidado de médicos para ver a evolução nas próximas horas e dias.
O responsável máximo de Saúde em São Vicente disse ainda que dos cinco cadáveres encontrados na piroga, dois tiveram que ser enterrados logo de seguida, por estarem “em avançado estado de decomposição”, enquanto que três foram encaminhados à casa mortuária do hospital e estão em câmara frigorífica à espera de possível identificação por parte de familiares, ou então possível transferência aos países de origem.
Conforme adiantou à imprensa a comandante dos serviços de Protecção Civil, Vitória Veríssimo, antes no local, através de documentos recolhidos pela Polícia Judiciária, foi possível saber algumas nacionalidades dos ocupantes da embarcação, sendo estes de Mauritânia, Mali e Senegal.
Mas, segundo a mesma fonte, ainda não há certeza da origem da piroga, embora, o Centro Conjunto de Coordenação de Salvamento da Guarda Costeira de Cabo Verde, tenha recebido antes informações do Senegal de pirogas avistadas.
Os bombeiros municipais foram accionados, prossegue a Inforpress, pela Polícia Nacional por volta das 9:30 para a ocorrência de uma piroga, embarcação rústica a remo, cavada a fogo em tronco de árvore.
Ao chegar ao local constataram cinco cadáveres, mais quatro sobreviventes que foram encaminhados ao hospital ainda com vida, posteriormente, foi encontrada mais uma “pessoa debilitada” na encosta.
Segundo ainda a Inforpess, a comandante da Protecção Civil informou que todos os ocupantes da embarcação são homens, e “aparentemente jovens”, e que durante o dia de hoje, num trabalho conjunto entre a Polícia Nacional, militares das Forças Armadas, Cruz Vermelha, pretendia-se vasculhar toda área para descartar a possibilidade de haver sobreviventes que conseguiram chegar a povoados próximos.
03 de Maeço 2024
.
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments