.O secretário-geral da ONU pediu esta sexta-feira à Venezuela “total transparência” nos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho e lembrou que o Conselho Nacional Eleitoral ainda não publicou as atas eleitorais do escrutínio, medida reivindicada pela oposição.
A decisão da alta instância judicial foi contestada pela oposição venezuelana e a União Europeia (UE) já anunciou que não reconhecerá os resultados até que as atas eleitorais sejam verificadas.
“Enquanto não virmos um resultado que possa ser verificado, não o vamos reconhecer”, disse esta sexta-feira o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
No mesmo comunicado, Guterres também exigiu “uma proteção absoluta e respeito pelos direitos humanos” na Venezuela, após expressar “preocupação” com os relatos recebidos de vários abusos, entre os quais mencionou detenções arbitrárias de menores, jornalistas, defensores dos direitos humanos, ativistas e opositores.
A ONU enviou à Venezuela um painel de peritos eleitorais, convidados pelo Governo, que no final da sua missão foram muito críticos em relação às eleições presidenciais.
O relatório preliminar do painel de peritos concluiu que as eleições venezuelanas careceram de “medidas básicas de transparência e integridade”, aspetos que, segundo frisaram, “são essenciais para a realização de eleições credíveis”.
O Governo de Maduro classificou os membros do grupo da ONU como “falsos especialistas eleitorais” e acusou-os de espalhar “uma série de mentiras”, enquanto a oposição destacou que o documento reforçava a tese de vitória do seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia.
A Semana com Lusa
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