O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) exortou o presidente da Câmara Municipal de São Vicente a regularizar a situação dos bombeiros prestes a completar 63 anos de existência.
João Santos Luís, em conferência de imprensa no Mindelo na quinta-feira, criticou o autarca Augusto Neves que está à frente da gestão do município há 14 anos, mas “completamente desgastado, sem ideias e sem capacidade de produção e de realização”.
O presidente da câmara, assegurou, tem se posicionado na maior parte das vezes contra os recursos humanos que prestam serviço no município, como é o caso concreto dos bombeiros municipais a quem tem “retirado a priori a possibilidade de continuarem a produzir com foco no desenvolvimento da instituição”.
João Santos Luís considerou não haver razões plausíveis para se continuar a adiar ou relegar ao segundo plano, a resolução das pendências laborais dos bombeiros municipais, inclusive aqueles que estão na situação de pré-reforma.
Em específico, confirmou existir diversos problemas, entre estes uma “redução drástica” do número de efectivos, em comparação a 2018 em que eram 17 e hoje são somente oito, sendo que só seis fazem escalas.
“Não será preciso fazer muito esforço para apercebermos com clareza e assertividade que a corporação dos bombeiros municipais de São Vicente não está no rol de prioridades do actual presidente da câmara municipal”, censurou.
Como se não bastasse, disse, junto com a redução de efectivos, há falta de concursos, inexistência de avaliação, ausência de promoções e a injustiça em não proceder o reajuste salarial aos bombeiros.
Por outro lado, segundo a mesma fonte, existem seis elementos que deram toda a sua juventude na profissão, com mais de 38 anos de serviço em “condições adversas e sub-humanas”, e agora na pré-reforma foi-lhes retirado subsídios a que têm direito.
Algo, que, afiançou João Santos Luís, aconteceu somente por terem participado de uma greve em solidariedade aos colegas.
“O presidente da câmara, Augusto Neves, por revanchismo, vingança e abuso de poder, retirou-lhes desde Março de 2023, os subsídios que haviam sido anexados ao vencimento sem lhes dar nenhuma satisfação e nunca mais regularizou a situação”, apontou.
Por tudo isso e muito mais, augurou que, ao se completar 63 anos de existência no próximo dia 08 de Setembro, os recursos humanos desta corporação sejam contemplados com a regularização de todas as situações laborais pendentes, bem como com equipamentos e materiais adequados para o exercício das suas atividades.
Entre as exigências, pediu, inclusive, a colocação de um telefone Private Branch Exchange (PBX), neste que é por inerência um serviço de emergência.
A Semana com Inforpress
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