O presidente da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (Ficase) disse nesta segunda-feira que as denúncias do SISCAP sobre as reivindicações das cozinheiras “não correspondem à verdade” sendo intuito desinformar e confundir a classe e a opinião pública.
Adilson Freire reagia, em conferência de imprensa, às declarações do vice-presidente do Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP), Francisco Furtado, sobre o anúncio da paralisação das cozinheiras no início do ano lectivo 2024/2025.
Relativamente à situação das cozinheiras, a mesma fonte esclareceu que em Dezembro de 2015 foi aprovado “”, que não correspondeu às expectativas dos colaboradores e nem foi ao encontro dos estatutos aprovados em 2010.
Reforçou que o atual conselho de administração escutou as “reivindicações justas” dos colaboradores e desencadeou um processo para a elaboração dos estatutos, substituição do Plano de Cargos, Carreias e Salários (PCCS) para o Plano de Cargos, Funções e Remunerações (PCFR) e a criação de um manual de funções.
“Estes documentos estão sob a responsabilidade de uma empresa de consultoria, já numa fase avançada, para respostas às reivindicações do aumento salarial, promoção na carreira pendente, mobilidade sem perda de direitos, reenquadramento dos funcionários que adquiriram novas habilitações, entre outros”, declarou Adilson Freire.
Quanto à situação salarial das cozinheiras, realçou que houve “ganhos significativos”, lembrando que estas recebiam antes os seus salários em género, passando a receber em dinheiro, mas sem direitos à Segurança Social.
“Em 2017 passaram a receber salários com introdução de Segurança Social, usufruindo assim de todos os seus direitos”, afirmou, lembrando que de 2017 até hoje houve uma evolução no salário da classe, que passou de 8.250 escudos para 16 mil escudos, o correspondente ao salário mínimo praticado na Administração Pública.
“Nos últimos anos, a Ficase tem vindo a dar uma atenção especial às cozinheiras com acções de formações em primeiro socorro e combate ao incêndio, em cozinhas básicas ministradas pela Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde, e, no final de Agosto, iniciaremos a segunda fase de formação para atingir a totalidade da classe”, esclareceu.
Face a tudo isso, afirmou que o SISCAP, na pessoa de Francisco Furtado, deveria ter mais atenção com suas declarações evitando passar informações que “não correspondem à verdade”.
Adilson Freire contestou ainda que o sindicato deveria antes contactar a Ficase para conhecer e se inteirar melhor do processo, evitando comportamentos extremistas, nos quais a maioria das cozinheiras não se reveem.
“O conselho de administração continua focado e determinado em resolver, de forma cabal e digna, as reivindicações não só das cozinheiras, mas também dos demais colaboradores da Ficase”, finalizou.
A Semana com Inforpress
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