O ministro da Educação disse domingo, 11, nos Mosteiros, que a educação é a “principal mola do desenvolvimento humano” e da melhoria sustentada do bem-estar social e das condições de vida.
No acto da inauguração das obras de requalificação e reconstrução da escola básica de Ribeira do Ilhéu, cofinanciadas pelo Governo, Amadeu Cruz disse ainda que a educação deve unir a nação e propiciar oportunidades de crescimento a todos os níveis.
A requalificação da escola resultou numa “melhoria profunda” das condições físico-pedagógicas da “importante e histórica” escola de Ribeira do Ilhéu, referiu Amadeu Cruz, para quem os emigrantes que cofinanciaram as obras são prova de que as oportunidades para prosperidade são “mais sólidas e consistentes” em sociedades abertas, democráticas e que também respeitam a diversidade cultural, política e social.
Na sua intervenção e com muitos “recados”, Amadeu Cruz fez referência ao programa do Governo, que estabelece como orientação paradigmática que a educação e a formação de excelência dos cabo-verdianos devem contribuir para melhorar a competitividade, a produtividade e o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde, assumindo que a longo prazo, a força e vitalidade da sociedade dependem da robustez do seu sistema educativo, que é a base da criatividade e da inovação.
Por outro lado, afirmou que para realização desta orientação política o Governo assumiu a ambição de realizar reformas educativas que visam alinhar o sistema educativo cabo-verdiano com sistemas educativos de países mais avançados, com o objectivo de formar cidadãos preparados para integrar a comunidade educativa, científica, técnica e profissional internacional.
O ministro da educação destacou um conjunto de medidas adoptadas pelo Governo desde o pré-escolar ao ensino superior, sem esquecer a questão da ampliação, reabilitação e modernização das infraestruturas educativas.
“Sinalizo com satisfação o empenhamento da câmara na reabilitação das infraestruturas educativas com o apoio da cooperação internacional, designadamente do Luxemburgo, mas precisamos continuar a reabilitar mais escolas aqui nos Mosteiros”, reconheceu Amadeu Cruz.
A mesma fonte expressou “profundo reconhecimento e gratidão” à comunidade de Ribeira do Ilhéu residente nos Estados Unidos da América pelo apoio que têm dedicado ao país, em particular a ilha do Fogo.
“O vosso compromisso e solidariedade para com o nosso país são um exemplo inspirador para todos nós. É um exemplo a seguir, de como a diáspora pode ser mobilizada, para dar muito mais, para o país e para os municípios”, declarou Amadeu Cruz.
Em nome dos emigrantes de Ribeira do Ilhéu radicados nos Estados Unidos da América, Domingos Gomes explicou que após mobilização de apoios para reabilitação da Igreja Católica e contribuição para a construção do estádio de futebol, e face à situação em que se encontra a escola, surgiu a ideia de mobilizar recursos para a sua requalificação e reconstrução.
O emigrante Filipe Gomes assegurou que a intervenção dos emigrantes não vai parar e novas iniciativas vão ser financiadas.
Neste momento os emigrantes estão a trabalhar na criação de um fundo para apoiar os melhores alunos de Ribeira do Ilhéu que concluem o ensino secundário a prosseguirem a formação superior na cidade da Praia ou noutro país, e que para tal um regulamento será socializado com a comunidade local.
Quanto à escola por onde passaram várias personalidades e que hoje integram a lista de intelectualidade não só dos Mosteiros e do Fogo, como de Cabo Verde, o emigrante pediu à comunidade para valorizar e conservar o espaço para que possa continuar a transmitir valores e conhecimento para o desenvolvimento intelectual das pessoas.
No acto de inauguração o grupo de emigrantes de Ribeira do Ilhéu procedeu a entrega simbólica de um cheque no valor de 50 mil escudos a uma jovem da comunidade que terminou, há dois anos, o ensino secundário, mas que por falta de condições não continuou os estudos superiores, como apoio para o começo da sua formação.
A Semana com Inforpress
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