Os armadores do Cais de Pesca da Praia consideram que o sector tem apresentado dificuldades na captura e armazenamento do pescado, estando neste momento mais de 20 barcos parados devido à falta de condições.

A informação foi avançada pelo presidente da Associação de Armadores do Cais de Pesca da Praia, Samora Barros, em conferência de imprensa para se pronunciar sobre a situação dos projectos para o desenvolvimento das pescas e economia azul na ilha de Santiago.

“Estamos numa época de pesca intensa e o cais de pesca está a tornar-se cada vez mais pequeno e a procura de peixe tem aumentado”, afirmou, indicando que os trabalhadores estão preocupados com a situação, devido à “falta de apoio” para movimentar o sector.

Samora Barros apontou como exemplo a produção de gelo e os locais de armazenagem do pescado que, segundo o mesmo, estão a tornar-se insuficientes.

O presidente da Associação de Armadores do Cais de Pesca da Praia fez referência à demora do Governo em atribuir o crédito (‘plafond’) "prometido há cerca de cinco meses" pelo anterior ministro do Mar, Abraão Vicente.

A este propósito, disse que se os armadores tivessem acesso ao crédito que dá a possibilidade de os armadores adquirirem combustível e gelo facilitava os trabalhos da pesca com a saída de mais embarcações três vezes ao mês.

“Os armadores teriam como cobrir as despesas, isso porque ao regressarem à terra pagavam a dívida e voltavam a solicitar mais uma quantia”, explicou Samora Barros.

No caso da máquina de produção de gelo, apontou que em 24 horas a unidade produz 23 toneladas de gelo, quantia que diz ser insuficiente devido à muita procura de embarcações das outras ilhas.

“Há épocas em que não há peixe e quando há não tem produção de gelo suficiente, complica ainda com a falta de armazenamento do pescado”, lamentou este responsável. 

A Semana com Inforpress