Os trabalhadores da Fundação Cabo-verdiana de Acção Social e Escolar (Ficase) pretende agendar uma paralisação antes do início do próximo ano lectivo caso até lá não for aprovado o novo PCFR, anunciou hoje o Sintap.
Em conferência de imprensa, no Mindelo, o secretário nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), Luís Fortes, vincou que a “situação laboral precária” desses trabalhadores dura “há mais de três anos”, e ainda sem resposta sobre a aprovação do novo Plano de Cargos, Funções e Remunerações (PCFR).
“Os trabalhadores estão saturados com este silêncio e constante empurrar do tempo e estão disponíveis a partir para outras formas de luta”, declarou a mesma fonte, que disse temer que essas mesmas lutas possam condicionar o arranque do ano lectivo 2024-2025, calendarizado para o dia 16 de Setembro, e o funcionamento de programas de acção social escolar.
Luís Fortes referia-se, em concreto, aos programas nacionais de alimentação e saúde escolar, de kits escolares e de bolsa e subsídios de estudos e transportes.
Ao denunciar a situação vivida pelos trabalhadores da Ficase, Luís Fortes lembrou que há mais de dois anos que o sindicato tem tentado negociar a alteração do PCCS, actual PCFR, pois o que se encontra em vigor “não responde minimamente” a um “desenvolvimento justo” dos mesmos.
“Só para terem uma ideia, o quadro salarial não corresponde ao salário do quadro comum da Administração Pública, antes do PCFR, mormente de um Instituto Público”, denunciou, ao mesmo tempo que criticou o facto de os administradores da Ficase serem considerados gestores dos serviços públicos e com remuneração correspondente ao dos Institutos.
“Ou seja, acima dos 200 mil escudos, quando os trabalhadores auferem um salário abaixo do praticado na Administração Pública”, reforçou.
Ademais, segundo a mesma fonte, o grupo de trabalho em representação dos colaboradores da Ficase tem disponibilizado as informações e documentos solicitados pelo conselho de administração para a feitura do novo PCFR “sempre nos prazos combinados”.
Entretanto, prosseguiu, o conselho de administração “não tem cumprido” os acordos de prazos para a elaboração e finalização das propostas, com data estabelecida pelo próximo conselho de administração, que era o mês de Maio de 2024.
O secretário nacional do Sintap disse ainda que as correspondências com o ministro da Educação, tutela da Ficase, têm merecido “um silêncio total e profundo”.
A Semana com Inforpress
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