Banhistas que frequentam a Quebra Canela, uma das praias mais procuradas da capital do país, pediram hoje às autoridades a contratação de mais nadadores-salvadores para prevenir situações de afogamento e outras causas mais graves.
O apelo foi feito em entrevista à Inforpress a propósito do Dia Mundial da Prevenção do Afogamento que se assinala esta quinta-feira, 25 de Julho, data instituída pelas Nações Unidas a 14 de Abril de 2021.
Numa ronda efectuada pela praia de Quebra Canela, os banhistas consideraram fundamental reforçar a presença de nadadores-salvadores de modo a dar mais suporte em situações de muita corrente e ondulação, que podem levar ao afogamento ou ceifar vidas.
Aristides Vaz, um dos frequentadores desta praia, avançou que nesta época de férias escolares as principais praias da capital, nomeadamente Quebra Canela e Prainha, têm estado constantemente cheias e apenas são visíveis um ou dois nadadores-salvadores. E, muitas vezes, precisam socorrer mais do que uma pessoa ao mesmo tempo.
“Já que estamos numa época alta em que aumenta o número de pessoas a procurar as praias, na maioria jovens, é preciso também um número de nadadores-salvadores que possa dar resposta a eventuais situações de afogamento”, advogou.
Por isso, apelou aos banhistas a terem mais atenção nos sinais antes de entrar na água e para serem mais responsáveis, sobretudo quando levam as crianças para as praias.
Na mesma linha, Zven Ferreira, outro banhista, lembrou que é preciso respeitar sempre as bandeiras antes de entrar na água, realçando que nem sempre as pessoas respeitam as recomendações de segurança das autoridades.
Por isso, considerou que é crucial que as pessoas tomem mais cuidados ao frequentar praias de mar para evitar tragédias.
“Os nadadores-salvadores estão a prestar bom serviço, ajudam muitas pessoas, por isso devemos nos cuidar mais, respeitando os sinais e, além disso, ajudá-los por serem um número insuficiente”, afiançou.
Os nadadores-salvadores do município da Praia têm-se queixado de vários problemas que enfrentam, que vão desde contratos de trabalho até falta de recursos, incluindo a bandeira de sinalização nas praias.
O Dia Mundial da Prevenção do Afogamento, proclamado pelas Nações Unidas, evidencia o impacto profundo do afogamento nas famílias e nas comunidades, visando incentivar para a necessidade de introduzir medidas que salvem vidas, assim como meios que previnam este tipo de acidentes.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de um quarto de milhão de pessoas perdem a vida devido a afogamento, e quase 82 mil são crianças com idades compreendidas entre 1 e 14 anos.
Isto, segundo a mesma fonte, faz do afogamento um importante problema de saúde pública a nível mundial, sendo a terceira principal causa de morte por lesões não intencionais, representando 7% de todas as mortes relacionadas com lesões.
A Semana com Inforpress
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