O Presidente da República vai condecorar a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) com o primeiro grau da Ordem Amílcar Cabral em reconhecimento ao seu “inestimável contributo” no desenvolvimento de Cabo Verde.
Esta informação consta do decreto presidencial n.º 09/2024, de 23 de Julho, publicado no Boletim Oficial a que a Inforpress teve acesso hoje.
Segundo justificou o PR no decreto, impõe-se “reconhecer o inestimável contributo” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, com “especial menção aos seus técnicos de elevada craveira”, no desenvolvimento de Cabo Verde.
Isto porque, explicou, desde os primeiros anos da Independência Nacional, a FAO teve um papel importante na segurança alimentar do país, sobretudo nos momentos de maior aperto e urgência de diversa natureza.
“Compreende-se, pois, que sejam bastante antigas as relações entre Cabo Verde e o primeiro organismo especializado das Nações Unidas, a FAO, relações essas iniciadas com projectos pioneiros nos domínios das pescas, da protecção florestal e da segurança alimentar, que foram determinantes no processo de desenvolvimento de Cabo Verde”, argumentou.
Para o Presidente da República, a FAO deu “uma contribuição da mais alta importância” para um Estado recém-nascido e confrontado, logo à partida, com “desafios gigantescos” no concernente a uma “acelerada desertificação e empobrecimento ambiental, níveis elevados de pobreza e má-nutrição”.
José Maria Neves considerou ainda que a FAO ajudou a moldar e a implementar políticas públicas decisivas em matéria de desenvolvimento rural, gestão de solos e retenção de água, extensão rural e mesmo de experiências de organização cooperativa que tiveram um grande impacto na transformação da qualidade de vida nas comunidades rurais e piscatórias.
“Tais políticas públicas estão na base da definição do ritmo e da consistência da curva de crescimento da segurança alimentar e nutricional em Cabo Verde e, por conseguinte, do perfil do nosso desenvolvimento humano”, destacou, referindo que o contributo da FAO “é tão estreitado e tão constante” que se confunde com a própria história da construção do desenvolvimento humano no Cabo Verde independente.
Ainda conforme a mesma fonte, a cada dia a responsabilidade muito específica da FAO perante o futuro da Humanidade, tendo em conta a crise climática e outras crises que o mundo vem enfrentando que agudizam a insegurança alimentar à escala global, com particular ênfase nos países menos desenvolvidos, como é o caso de Cabo Verde.
A Semana com Inforpress
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