O secretário executivo da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP) defendeu esta quarta-feira, na abertura do 14.º Fórum das Comunicações, no Porto, que as comunicações contribuem "para que se diminuam as assimetrias provocados por hiatos de desenvolvimento".
"A utilização das comunicações contribui para que se diminuam as assimetrias provocadas por hiatos de desenvolvimento, democratizando o acesso a insumos que permitem superar situações de carência e desigualdade relativa", disse Zacarias da Costa numa mensagem em vídeo emitida hoje na abertura do 14.º Fórum das Comunicações da CPLP, que decorre no Porto.
Na mensagem enviada ao evento a decorrer na Fundação Cupertino de Miranda, o responsável da CPLP salientou que as comunicações podem ajudar a "reduzir encargos de estrutura" e aumentar "os níveis de impacto" em vários setores.
"É esse o caso na prestação de serviços de saúde, na educação, do acesso a justiça, do acesso à informação e à comunicação, contribuindo para a promoção da coesão social, da segurança e do escrutínio da boa governação, fatores fundamentais para o desenvolvimento social e o desenvolvimento económico", salientou.
Zacarias da Costa vincou que metade dos Estados que compõem a CPLP "é impactada pela insularidade", pelo que "possuem desafios acrescidos nos seus processos de desenvolvimento, que podem ser acompanhados por uma utilização eficiente das tecnologias de informação".
"A Internet e as tecnologias que lhe estão associadas assumem um papel absolutamente central na promoção da democracia, na participação política, e no envolvimento cívico na educação e na partilha do conhecimento, assim como no fomento do comércio e do desenvolvimento económico", vincou.
Zacarias da Costa considerou que "as comunicações são um fator crítico de mudança social e económica, transformando a forma como o Governo, as empresas e os cidadãos interagem".
"Os benefícios da conectividade e expansão da rede de comunicações são demasiado elevados para serem ignorados, numa lógica de custo-benefício", afirmou, assinalando a importância do "diálogo com outros parceiros regionais e internacionais", que considerou "crucial".
Neste aspeto, o responsável lembrou que a CPLP tem "uma parceria privilegiada com 29 países e quatro organizações que já beneficiam do estatuto de observador associado da CPLP".
"Se a isto somarmos os memorandos de entendimento assinados com várias organizações internacionais, e o elenco dos nossos observadores consultivos, conseguimos percecionar o potencial para o desenvolvimento de parcerias inteligentes e mutuamente vantajosas", destacou.
Para Zacarias da Costa, a aprovação da agenda digital para a CPLP e a carta da CPLP de direitos e princípios em ambientes digitais "são ativos que permitem materializar esta visão".
A Semana com Lusa
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