sexta-feira, 18 outubro 2024

A ATUALIDADE

Senegal e Cabo Verde querem estudar ligações marítimas

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Os chefes de Estado do Senegal e Cabo Verde querem estudar a criação de ligações marítimas para passageiros e mercadorias, anunciaram  na última sexta-feira numa declaração conjunta, na Praia, assunto recorrente entre os dois países.

"No âmbito do reforço das relações comerciais, queremos trabalhar na abertura de uma ligação marítima entre Dacar e Praia e mesmo para outras ilhas", referiu o Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye.

A declaração foi feita no Palácio da Presidência, no Plateau, centro histórico da capital cabo-verdiana, no âmbito de uma visita do chefe de Estado senegalês.

"A via marítima oferece oportunidades de circulação muito grandes a nível das pessoas e mercadorias", disse Faye, encaminhando o assunto para a comissão mista entre os dois países, que deve voltar a reunir-se.

A troca de bens entre os dois países ficará a ganhar, assim como o turismo cabo-verdiano e a integração regional, acrescentou.

A criação de ligações marítimas é um assunto recorrente nas relações entre os dois países: em 2021, os chefes da diplomacia de Cabo Verde e Senegal identificaram o transporte através do Atlântico como um dos pontos para reforço da cooperação bilateral, mas sem avanços.

O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, classificou a visita de "histórica e estratégica" face à "possibilidade de reforço das relações entre os dois países, designadamente através de ligações marítimas", depois dos avanços feitos através do transporte aéreo.

"Há também a possibilidade de cooperarmos e articularmos posições, tanto no quadro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental [CEDEAO] como da União Africana [UA]", acrescentou.

Bassirou Diomaye Faye mostrou-se contente pelo "empenho" demonstrado por José Maria Neves no diálogo regional.

Cabo Verde tem "um estatuto de grande democracia africana", disse, razão pela qual terá "um papel importante no seio da CEDEAO para resolver as fragilidades da instituição".

"Sabemos todos da utilidade que a CEDEAO deve continuar a ter no quadro da integração africana, mas não será forte se houver países que querem sair", assinalou o Presidente senegalês, numa alusão ao Mali, Níger e Burquina Faso, cujos governos foram derrubados por sucessivos golpes militares desde 2020 e formaram a Aliança dos Estados do Sahel (AES), sob a bandeira da soberania e do pan-africanismo.

"Por isso, é importante renovar o diálogo" e construir uma comunidade "do povo", referiu.

A visita de Bassirou Diomaye Faye teve duração prevista de algumas horas e fez parte de um périplo, que no dia 24 o levou até à Guiné-Conacri, depois de ter assumido funções a 02 de abril.

Desde a investidura, o chefe de Estado senegalês tem visitado países vizinhos como a Mauritânia, Gâmbia, Guiné-Bissau e Costa do Marfim, bem como ao Gana e a Nigéria.

O Senegal é uma das maiores economias da costa ocidental africana e é o país mais próximo de Cabo Verde.

Dacar e Praia estão separados por 650 quilómetros de oceano Atlântico, mantêm relações históricas e acolhem reciprocamente grandes comunidades das respetivas diásporas.

A Semana com Lusa

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