sexta-feira, 18 outubro 2024

A ATUALIDADE

São Vicente: Governo acompanha “com atenção” alegada parceria da Frescomar com empresa espanhola para obter pescado - director nacional

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O director nacional das Pescas e Aquacultura asseverou esta sexta-feira, no Mindelo, que o Governo acompanha “com atenção” o desenrolar do processo sobre alegada parceria da conserveira Frescomar com empresa espanhola para obtenção de pescado.

Carlos Monteiro reagia desta forma à informação noticiada hoje pela Rádio pública (RCV) de que a empresa gestora dos Portos (Enapor) intimou a conserveira Frescomar para prestar esclarecimentos, como sub-concessionária, sobre um acordo que a liga à uma outra empresa espanhola, que alegadamente está a actuar no sector das pescas a partir de São Vicente.

O director nacional das Pescas e Aquacultura assegurou que esta é uma questão que está sendo devidamente analisada e ponderada e o Governo, de certeza, dará “toda a atenção e todo o interesse” que este processo tem para Cabo Verde, para os armadores e para a pesca em geral.

“Eu penso que a Enapor está a conduzir o dossiê e no mais breve trecho teremos um pronunciamento do Governo e da Enapor para que, de facto, se esclareça definitivamente”, sublinhou Carlos Monteiro, para quem o mais importante é que “as coisas funcionam bem e com transparência”.

Instado de como a entrada de novas empresas na pesca poderá prejudicar os armadores nacionais, o director nacional disse não ver as coisas desta forma, quando se quer somente que "a concessão funcione das melhores maneiras, com toda a transparência e com toda a lisura”.

Ademais, advogou, o “País precisa de novos navios e precisa de investimentos”.

Questionado ainda sobre o acordo anteriormente tornado público e no qual o Estado prometeu ajudar os operadores nacionais a obter uma frota com barcos de maior porte e que possibilita pescar mais longe, Carlos Monteiro justificou estar-se agora em “tempos diferentes”.

“Os armadores têm que entender, definitivamente, que não estamos nos anos 80 nem nos anos 90, em que o Estado tinha uma participação forte e activa. Hoje, essa actividade é mais transferida para o sector privado”, lançou, recomendando aos armadores nacionais a se associarem e organizarem-se.

“De forma organizada, empresarial, com barcos maiores, portanto, podem ter mais autonomia, menos custos de operação e ter melhores resultados efectivos. É isso que os armadores têm que entender, que o Estado, sim, pode incentivar, pode apoiar, pode ajudar, mas o Estado não pode financiar”, completou.

Confrontado sobre o assunto, o representante da Associação dos Armadores de Pesca de Cabo Verde (Apesc), Suzano Vicente, lembrou que a capacidade de pesca dos armadores nacionais tem sido debatida há muito e agora o Estado “não pode simplesmente redimir dessa responsabilidade e deixar que outras empresas, outras instituições resolvam essa questão”.

“Sabemos que a Frescomar tem problema de produção, por causa da falta de matéria-prima e ela tende, portanto, a resolver essas questões, agora cabe ao Estado saber regulamentar essa situação de forma também que os empresários, os armadores nacionais não tenham que passar por essas situações”, considerou.

Por outro lado, acredita que a entrada de outras empresas no Complexo de Pesca, em São Vicente, precisa ser resolvida pela concessionária Enapor, que deverá tomar uma posição.  

Quanto à Apesc, Suzano Vicente confirmou que deverá reunir os sócios na segunda-feira, 13, e a partir daí, posicionar-se sobre o assunto, dependente também da decisão da Enapor.

 

A Semana com Inforpress

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