A aquisição e capacitação dos recursos humanos, necessidade de mais equipamentos e novas instalações são os maiores desafios apontados pelo director nacional da Polícia Judiciária, Manuel António da Lomba, quando se assinalam os 31 anos da instituição.
O responsável, que falava aos jornalistas à margem da conferência internacional, que decorre na Praia, no quadro das comemorações do 31º aniversário da Polícia Judiciária (PJ), reconheceu avanços, mas sublinhou que há ainda “grandes desafios” a percorrer.
Manuel da Lomba, que está a frente da instituição há pouco mais de três meses, considerou que a PJ está hoje “satisfeita”, graças a dinâmica implementada a nível do reconhecimento da capacidade humana e do trabalho, em prol do combate ao crime tanto na sua vertente de prevenção como na sua vertente de punição.
“Neste momento nós temos o nosso plano de actividade que é precisamente tornar a Polícia Judiciária numa polícia científica, com muita eficácia e muita eficiência, de forma a corresponder aos anseios da sociedade cabo-verdiana e de todos os que nos visitam”, precisou o responsável, afirmando que a aquisição de recursos humanos é uma das prioridades.
Entretanto, apontou que há uma “grande necessidade” de ter uma nova instalação da Polícia Judiciária, sobretudo na cidade da Praia, para além das outras unidades ou departamentos, em São Vicente, Sal, Boa Vista e Santa Catarina.
“Em Santa Catarina já fizemos e estamos agora a transferir para um outro edifício mais amplo, com melhores condições, de forma a proporcionar à Polícia Judiciária o melhor trabalho e também com maior eficácia e eficiência”, acrescentou.
Tendo em conta que o mundo do crime hoje em dia tem sido mais sofisticado e mais transnacional, Manuel da Lomba admitiu ainda que é necessário que a instituição esteja melhor capacitada e apedrejada para combater esses crimes.
“Nós temos que acompanhar também este desafio, temos que utilizar as nossas capacidades, sendo que é preciso mais formação, mais equipamentos e também uma vontade de fazer e de querer fazer”, sublinhou o director, assegurando que o processo de recrutamento para entrada de mais profissionais na PJ está bastante avançado.
Segundo disse, a PJ está “disposta e engajada a fazer de tudo” para continuar a combater os crimes, realçando que os meios tecnológicos são importantes também para debelar a criminalidade que assola Cabo Verde e que põe em causa a paz social e de todos os que visitam o arquipélago.
Na ocasião reconheceu, que a verba destinada no Orçamento de Estado para a PJ não é suficiente e avançou que graças às parcerias e colaborações internacionais a instituição tem conseguido adquirir mais meios e equipamentos já que esses recursos são muito caros.
Durante a conferência vão ser debatidos temas como “O combate a criminalidade organizada”, que terá como orador o director nacional da Polícia Judiciária Portuguesa, Luís Neves, “Gestão do local de crime”, com o inspector chefe da PJ, José Luís Gonçalves, e “Cibersegurança” que está a cargo do engenheiro do NOSI Adilson Rodrigues.
A Polícia Judiciária celebra este domingo, 12 de Maio, 31 anos da sua criação, sob o lema “Polícia Judiciária - 31 anos de proatividade e comprometimento na prevenção e combate ao crime”.
A Semana com Inforpress
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