sexta-feira, 22 novembro 2024

A ATUALIDADE

Irão executou 834 pessoas em 2023, mais 43% que no ano anterior

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O Irão executou pelo menos 834 pessoas em 2023, mais 43% do que no ano anterior e o número mais elevado desde 2015, segundo um relatório sobre a pena de morte divulgado hoje pela organização Iran Human Rights (IHRNGO).

Do total de execuções, apenas 15% foram anunciadas por fontes oficiais, segundo o documento, em cuja preparação também participou a organização francesa Juntos Contra a Pena de Morte (ECPM).

O relatório refere a execução de oito manifestantes, seis dos quais relacionados com os protestos do movimento "Mulheres, Vida, Liberdade" e condenados "em julgamentos manifestamente injustos, sem o devido processo".

“Embora as execuções de manifestantes tenham levado a fortes reações internacionais no início do ano, as execuções no segundo semestre do ano não geraram o mesmo nível de condenação e reações”, lamenta o IHRNGO.

No relatório é destacado o aumento “dramático” dos executados por crimes relacionados com drogas, 471, em comparação com os 256 no ano anterior e 126 em 2021, e que correspondem às comunidades “mais marginalizadas” e às minorias étnicas, como as do Baluquistão, no sul do Paquistão.

Pelo menos 22 mulheres foram executadas no ano passado, o número mais elevado da última década, e também duas menores.

Um terço do total de execuções corresponde a acusações de homicídio e há 39 casos ligados a crimes contra a segurança.

A contagem da IHRNGO indica que 512 execuções, mais de 4.541 desde 2010, foram baseadas em sentenças de morte emitidas pelas Cortes Revolucionárias.

O Irão também executou dois homens por blasfémia e outro sob acusação de adultério, pela primeira vez numa década, em 2023.

"O regime iraniano utiliza a pena de morte para prolongar a sua sobrevivência. Estamos a lidar com um regime opressivo, corrupto e incompetente para resolver os problemas diários das pessoas", disse o diretor da IHRNGO, Mahmood Amiry-Moghaddam, em comunicado.

Amiry-Moghaddam lamentou a “inconsistência” das reações da comunidade internacional, que enviam a mensagem “errada” às autoridades, e apelou ao aumento da pressão internacional sobre Teerão.

Criada em 2005 e registada na Noruega desde 2009, a Iran Human Rights (IHRNGO) afirma ser composta por pessoas de dentro e de fora do Irão e tem membros nos Estados Unidos, Canadá, Japão e vários países europeus.

A Semana com Lusa

05 de Março de 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 18 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 17 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 16 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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