sexta-feira, 22 novembro 2024

A ATUALIDADE

Governo vai "afinar em breve” os procedimentos sobre asilo e acolhimento de refugiados - ministro

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O ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social garantiu  esta quinta-feira, na Praia, que “em breve” será feita a regulamentação dos diplomas e melhorados os procedimentos sobre asilo e acolhimento de refugiados.

O parlamento aprovou as leis sobre asilo e sobre o acolhimento e instalação temporária de estrangeiros e apátridas por razões humanitárias em centros temporários de acolhimento, não tendo, contudo, os diplomas sido objeto de regulamentação, não estando os procedimentos legais e às responsabilidades institucionais nesta matéria “claramente determinados”.

No entanto, o ministro Fernando Elísio Freire garantiu, “para breve”, clarificar os procedimentos, em declarações à imprensa, à margem da conferência sobre “Migrações e asilo na África Ocidental: contexto regional e respostas nos países da CEDEAO”, promovida pela Alta Autoridade para Imigração, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações e a Universidade de Santiago.

A conferência visa promover o melhor conhecimento do fenómeno, explorar desafios, oportunidades e as responsabilidades relacionadas ao asilo e recolher eventuais subsídios que se possam traduzir em recomendações para fortalecer os mecanismos e ferramentas jurídicas e operacionais do país na matéria.

Nós temos é que adaptar o nosso país à realidade, sabemos que somos um País pequeno, arquipelágico, mas um país muito ligado ao mundo que defende os valores da democracia da liberdade e da dignidade da pessoa humana, e nós temos uma legislação desde 1999 sobre a questão do asilo e dos refugiados falta fazer a regulamentação”, precisou.

 Conforme reconheceu Fernando Elísio Freire, há necessidade de melhorar os procedimentos clarificar as responsabilidades das várias instituições no País que lidam com esta questão.

O governante também assegurou que Cabo Verde, sendo um país aberto ao mundo, permanece comprometido em aderir às melhores práticas internacionais.

No entanto, ressaltou a importância de respeitar a segurança do país, sua capacidade de acolhimento e a realidade arquipelágica.

É esse equilíbrio que temos que fazer e que no devido tempo com as dividas articulações envolvendo todas as entidades que tem a responsabilidade na matéria, o Governo tomará uma decisão dos caminhos a percorrer brevemente”, observou o ministro.

Isto porque, argumentou, as dinâmicas globais mudaram e Cabo Verde entrou recentemente na rota das migrações irregulares, com quatro casos de embarcações chegando às costas nos últimos três anos, pelo que o País tem de estar preparado para tais situações.

O ministro reforçou ainda que neste momento estão sendo ajustados os procedimentos para que, numa próxima ocorrência, Cabo Verde esteja “muito melhor preparado”.

Pelo que, mencionou, os procedimentos devem abranger toda a legislação, inclusive a lei da nacionalidade, que também aborda a questão dos apátridas. Contudo, sublinhou, a questão mais essencial é a dos pedidos de asilo por parte de pessoas que são refugiadas.

Por outro lado, a presidente da Alta Autoridade, Carmem Barros, enfatizou que desde 2020 o país tem registrado a chegada de embarcações à costa, com pessoas buscando outras oportunidades em destinos diferentes, ressaltando a importância de refletir sobre essa questão, “apesar das vulnerabilidades do país”, tendo em conta que a Constituição de Cabo Verde prevê o asilo como um direito fundamental.

Segundo aquela responsável, há todo um contexto internacional e regional que indica que Cabo Verde deve estabelecer mecanismos claros e garantir que, em casos excepcionais, as instituições estejam minimamente preparadas e conscientes de seu papel e responsabilidade.

Conforme sublinhou Carmem Barros, há um conjunto de compromissos já assumidos pelo Estado, estando em falta a clarificação, tendo em conta que os diplomas não foram regulamentados e neste momento não existe um regime efectivamente de asilo.

São questões a serem reflectida alias a proposta do terceiro plano de acção faz esta recomendação de efectivamente o País refletir e decidir quais os procedimentos e qual é o modelo que serve para Cabo Verde tendo em conta a capacidade institucional e económica (…)», concretizou.

 

A Semana com Inforpress

 

23 de fevereiro 2024

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 12 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 11 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 9 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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