A Rede das Associações Comunitárias e Movimentos Sociais (RACMS) da Praia quer contar com a participação “em massa” dos praienses na manifestação pacífica, que convoca para o dia 19, em reivindicação a “vários problemas” que afectam o País.
Por entender que a situação na Cidade e no País é “cada vez mais insustentável” para os cidadãos, sobretudo para aqueles que dispõem de escassos recursos financeiros, a RACMS quer com esta manifestação protestar contra vários aspectos que precisam ser melhorados.
De entre os pontos de indignação, a RACMS indicou a insegurança e situação da justiça, a saúde e transferência de doentes, o desemprego, a precariedade laboral e desigualdade salarial, a situação dos transportes (marítimos e aéreos), a “ineficiência e intransparência” na gestão da coisa pública e os “bloqueios no processo de governação” devido a “interesses partidários”.
“Por exemplo, estamos a viver num clima de muita insegurança, em que a partir das 19:00 e de madrugada para ir ao trabalho as pessoas correm risco. Vemos muitos casos nas redes sociais em que só quando acontece algo é que se fica a saber que o tal caso já tinha estado na justiça que não o resolveu atempadamente”, disse à Inforpress a membro da Rede, Silvana Semedo.
Na sua óptica, isto só acontece quando não se resolve as coisas no momento certo, daí que, sugeriu, deve haver um sistema mais eficiente para evitar consequências.
Por isso, instou o Governo a “parar de andar sempre a dar desculpas” com a conjuntura actual, empre a justificar os problemas não resolvidos com a crise, a pandemia e a guerra, até porque, acrescentou, são situações que perduram.
“Porque quem escolhe a governança é o povo, que os escolheu com confiança que irão trabalhar para eles”, frisou, indicando que se deve diminuir despesas e gastos públicos e tentar focar mais no interesse do povo e não partidário”, sustentou.
Por outro lado, Silvana Semedo informou que esta manifestação “está a dar que falar” porque há pessoas que entendem que esta convocação é a mando de partidos, o que contestou, que tudo em Cabo Verde é sistematizado e partidarizado, pelo que explicou que esta iniciativa surgiu “simplesmente” da visão da RACMS da Praia, tendo em conta o estado actual em que se vive em Cabo Verde.
“Por exemplo, temos neste momento um elevado número de pessoas em busca de possibilidade de emigração, isto é grave, já, já, Cabo Verde terá pouca população, porque estamos a enveredar pelo caminho de fuga de cérebros, porque as pessoas não estão a acreditar neste País, e isto é grave”, manifestou.
Na manifestação “Stadu di Nason” (Estado da Nação) sob o lema “Sima nu sta nu ka podi fika” (Como estamos não podemos continuar) e “Venha participar e fazer ouvir a sua voz!” a convocatória é estendida a todos os praienses e a nação em geral a saírem à rua no próximo dia 19 de Agosto, com concentração as 16:00, na praça Alexandre Albuquerque, no Platô.
A RACMS afirma-se como um espaço de articulação e reflexão com participação de mais de 40 associações e colectivos na Cidade da Praia, que tem como principal objectivo a construção colaborativa de uma agenda comum voltada para a emancipação. A Semana com Inforpress
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