quinta-feira, 21 novembro 2024

A ATUALIDADE

Cabo Verde Telecom com cobertura 4G garantida a 80% da população

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A estatal Cabo Verde Telecom (CVTelecom), a maior empresa de telecomunicações do arquipélago, assegura que a rede móvel 4G já cobre mais de 80% da população, mas sobre a implementação do 5G continua a não haver previsões oficiais.

De acordo com informações compiladas hoje pela Lusa a partir do relatório e contas de 2021 da CVTelecom, o grupo investiu nos últimos cinco anos 11 mil milhões de escudos (100 milhões de euros) na sua rede de telecomunicações e serviços, colocando Cabo Verde “numa posição invejável face aos países da região onde está inserido”.

“Em 2021 destacamos a continuidade do programa de transformação tecnológica em curso na empresa, onde se insere a continuidade do esforço de melhoria da cobertura 4G e FTTH [rede fibra ótica], mas também, projetos estruturantes que visam reforçar os níveis de resiliência e disponibilidade na rede”, lê-se no documento.

Acrescenta que na rede móvel, “após um ciclo de expansão da rede de quarta geração”, que “culminou com uma cobertura populacional 4G superior a 80%”, o ano de 2021 ficou “marcado pelo direcionamento do investimento para a melhoria das capacidades e upgrades de licenciamentos para suportar o crescimento de capacidade e o aumento, simultâneo, no número de sessões que resulta das alterações dos padrões de consumo”.

A CVTelecom está em processo de fusão das três empresas de telecomunicações, fixas, móveis (CVMóvel), Internet e televisão por subscrição (CV Multimédia), prevendo passar a operar com uma única empresa para estas quatro áreas.

“Vale a pena ressalvar a forma decisiva como o Grupo CVTelecom, desde a primeira hora, abraçou o desafio do investimento no 4G, indo bastante além das exigências resultantes da licença que foi atribuída à CVMóvel”, acrescenta.

O relatório e contas de 2021, aprovado há poucas semanas pelos acionistas, nada refere sobre a implementação do 5G em Cabo Verde, mas o presidente do conselho de administração do grupo, João Domingos Correia, admitiu à Lusa, em janeiro, a possibilidade de avançarem projetos-piloto nas ilhas turísticas, se for clarificado o bloco internacional que fornecerá os equipamentos.

“O Estado vai ter de fazer alguma concessão, vai ter de clarificar aquilo que pretende em termos de tecnologias 5G, para nós podermos tomar a melhor decisão”, afirmou João Domingos Correia.

Em causa, explicou, está a necessidade de definir a escolha, entre a China e os Estados Unidos ou Europa, de quem irá fornecer os equipamentos e a tecnologia 5G a Cabo Verde: “Todos são parceiros de Cabo Verde. Nós vamos ter de decidir conjuntamente com o Governo qual será a tecnologia a ser instalada em Cabo Verde e seguidamente nós iremos mobilizar os recursos (…) Iremos negociar com o Governo uma concessão por conta do espetro, em termos de impostos, como facilidade para podermos fazer investimentos”.

O presidente do conselho de administração da CVTelecom admitiu que se a decisão for tomada entretanto, a empresa poderá avançar ainda este ano com as primeiras coberturas de 5G em Cabo Verde.

“Estamos a equacionar a hipótese de ter projetos-piloto ainda este ano, nas ilhas turísticas. Porque o 5G traz muito ao turismo, nas universidades e também nas zonas portuárias, porque ajuda muito na organização e funcionamento dos portos”, disse João Domingos Correia.

“Nós estamos a negociar com o Governo, a clarificar as coisas com o Governo. O Governo teria de tomar uma decisão de fundo porque não são negócios rentáveis para as operadoras, mas sim rentável para a economia no seu todo. E nós vamos ter de nos associar ao Governo, particularmente enquanto operadora concessionária - embora a rede móvel não esteja concessionada -, para juntamente com o Governo tomarmos a melhor decisão, até para contornarmos a guerra comercial existente entre a China e os Estados Unidos”, acrescentou.

Os lucros da CVTelecom, que é também concessionária do serviço público de telecomunicações em Cabo Verde, aumentaram 36,5% em 2021, para mais de 2,6 milhões de euros, e pelo terceiro ano consecutivo as vendas voltaram a crescer, refere o relatório e contas.

Sobre o projeto EllaLink, em que Cabo Verde participa no cabo submarino de fibra ótica que liga Portugal ao Brasil e que representou um investimento de três mil milhões de escudos (26,9 milhões de euros), a administração assegura que permitirá “resolver de forma definitiva um dos grandes problemas com que o país se deparava”.

“A ausência de uma verdadeira redundância na sua ligação internacional. Pelo impacto que o projeto EllaLink irá ter na economia do país é, certamente, um dos investimentos mais importantes e estratégicos efetuados, nos últimos anos, em Cabo Verde”, lê-se.

A maioria do capital social do grupo CVTelecom é detida pelo Instituto Nacional de Previdência Social (instituto público que gere as pensões cabo-verdianas), em 57,9%, contando ainda com a estatal Aeroportos e Segurança Aérea (20%), a Sonangol Cabo Verde (5%) e o Estado de Cabo Verde (3,4%) entre os acionistas, como privados nacionais (13,7%).

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 2 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 1 hour

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 23 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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