O Sitthur acusou hoje a Cabo Verde Handling e a Cabo Verde Airports de violarem a lei laboral e as normas internacionais de segurança, ao substituir trabalhadores em greve e admitir novos funcionários sem a documentação exigida.
A presidente do Sindicato dos Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (Sitthur), Joaquina Almeida, denunciou esta quinta-feira que, durante os preparativos da greve inicialmente marcada para 11, 12 e 13 de Setembro, “a Cabo Verde Handling deslocou trabalhadores de outras ilhas e contratou novos funcionários sem registo criminal e policial, contrariando as normas de segurança que determinam o sector aeroportuário”.
Segundo a sindicalista, em conferência de imprensa, essas práticas ocorreram com a anuência do administrador da Cabo Verde Airports, Nuno Santos, e do administrador da Cabo Verde Handling, Humberto Lélis, colocando em causa “a segurança das aeronaves e dos passageiros” e revelando “uma gestão marcada por abuso de poder e subserviência política”.
O Sitthur considerou que a substituição de trabalhadores em greve viola o artigo 120.o do Código Laboral e lembrou que já havia denunciado práticas semelhantes em Julho passado, sem que a Agência da Aeronáutica Civil (AAC) ou a Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) se pronunciassem.
Apesar da suspensão temporária da greve, Joaquina Almeida sublinhou que “a luta dos trabalhadores ainda não acabou” e que continuam em curso reivindicações relacionadas com subsídios, progressão de carreira e melhores condições de trabalho.
Joaquina Almeida acrescentou ainda que, na última greve, os trabalhadores que não aderiram receberam um bónus de 11 mil escudos e promessas de cargos de supervisão e coordenação, o que considerou uma forma de pressão e intimidação dentro da empresa.
A Semana com Inforpress
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