O secretário da Federação Cabo-verdiana de Natação (FECAN), Enrique Alhinho, afirmou esta quinta-feira que a falta de piscinas próprias continua a ser o maior obstáculo para o crescimento e afirmação da modalidade no país.
Em entrevista à Inforpress, o responsável salientou que a situação compromete a preparação dos atletas e dificulta o crescimento sustentado da modalidade.
Segundo explicou, a federação, que já existe há mais de oito anos, tem registado um aumento no número de praticantes, sobretudo em regiões onde existem infraestruturas adequadas, como em São Filipe (Fogo), com a piscina municipal, no Sal, com as piscinas dos Académicos e da Murdeira Village, e na cidade da Praia, onde funcionam dois clubes, da Escola Portuguesa e do IUDP, no Parque 5 de Julho.
Actualmente, a FECAN conta com cinco clubes filiados em funcionamento, estando em processo de formalização um novo clube em Ponta de Pom, São Vicente, e outro na capital.
No entanto, nas ilhas sem piscinas, a realidade é mais difícil.
“A dificuldade principal é a de piscina para treinar. Nas outras ilhas que não têm piscina, infelizmente, o nível está muito baixo. Conseguem nadar em piscinas de hotéis quando há permissão para treinar”, destacou.
Apesar das limitações, Alhinho realçou o trabalho desenvolvido pela Escola de Natação e Salvamento (ENSAR), na Ribeira Grande, Santo Antão, que tem mantido a actividade “com muito esforço e dedicação”.
Quanto à construção de novas infraestruturas, o secretário adiantou que a federação tem estado em contacto com diferentes entidades públicas e privadas, incentivando a criação de condições.
“Sabemos que, neste momento, há uma iniciativa privada que fez a apresentação de uma piscina na Boa Vista. A Câmara Municipal da Brava tinha um projecto para construir uma piscina em Fajã d’Água, onde, juntamente com o arquitecto, ajudamos a desenhar a piscina para ser uma piscina de competição e também de lazer”, revelou.
Além disso, recordou que o Ministério do Desporto, através Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ), já prevê a construção de uma piscina no âmbito do projecto da Cidade Desportiva.
“A base já está. Pelo menos a vontade política existe”, sublinhou o responsável.
Com a expansão dos clubes e a aposta em novas infraestruturas, a Federação Cabo-verdiana de Natação espera superar os desafios actuais e continuar a promover o crescimento da modalidade no país.
A Semana com Inforpress
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