A vila de Ponta Verde será palco de um intercâmbio de judo de 21 a 28 do corrente mês, que reúne mais de sete dezenas de judocas das ilhas do Fogo, Santiago e Maio.
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O evento, organizado pela Associação Regional do Judo do Fogo (ARJF), tem como objectivo reativar e dinamizar a modalidade na ilha, que está praticamente inactiva desde 2020, e servir como uma base de preparação de atletas para a alta competição e futuros eventos olímpicos, segundo o presidente da ARJF, Adilson Gomes.
O intercâmbio, que é o segundo a nível nacional, após uma primeira edição em São Vicente no ano passado, contará com a participação de 71 judocas das três ilhas.
A delegação é composta por 25 judocas do Fogo, que são anfitriões de 31 atletas e dois pais da Associação de Santiago Norte, e de 15 atletas e dois pais da Associação Regional do Judo da ilha do Maio.
Além dos treinos intensivos, a semana de intercâmbio terá uma programação diversificada e com impacto social, e, segundo o presidente da ARJF, estão previstas uma formação de arbitragem, sessões de judo na comunidade de Beltchés e na localidade de Chã das Caldeiras, e uma acção de “judo beach” na praia de Fonte Bila, que incluirá uma aula seguida de uma actividade de limpeza da praia balnear.
O cronograma detalhado com as actividades será definido após a chegada das delegações de Santiago Norte e do Maio.
Em declaração à Inforpress, Adilson Gomes destacou a importância do intercâmbio e sublinhou que a escolha da ilha do Fogo para o acolher é estratégica porque pretende dinamizar e massificar o judo a nível regional.
A associação tem 33 judocas efectivos e um “enorme potencial” que precisa de ser reavivado após este período de paragem, segundo o mesmo.
Os atletas são treinados por dois dos 12 treinadores formados em 2022, disse o presidente que salientou que a recente formação promovida pelo Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ), que marcou a abertura da delegação deste instituto para a Região Fogo/Brava, não contemplou monitores de judo.
A associação foi instituída em 2018 e treinava no ginásio municipal em São Filipe, mas as suas actividades foram suspensas após a terceirização do espaço pela edilidade de São Filipe e associação deixou de ter isenção no acesso ao ginásio.
Actualmente, os maiores constrangimentos, segundo Adilson Gomes, passam pela falta de equipamentos, nomeadamente um tatami apropriado, e pela falta de um local adequado para os treinos em São Filipe.
Segundo o mesmo, a escola secundária Pedro Pires, em Ponta Verde, disponibilizou o seu espaço para treinos e para este intercâmbio e vai integrar o judo como actividade opcional no próximo ano lectivo, um passo considerado de “crucial” para a captação de novos talentos.
O apoio financeiro para o intercâmbio provém, até ao momento, exclusivamente do Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ) e a associação aguarda ainda respostas dos pedidos de apoio dirigidos aos municípios da ilha e a outras instituições.
A Semana com Inforpress
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