A deputada Lúcia Passos afirmou que as prioridades da Câmara Municipal da Praia devem centrar-se “na limpeza urgente das ribeiras, conclusão das obras de drenagem pendentes e implementação imediata de um plano de saneamento eficaz”.
A deputada Movimento para a Democracia (MpD, poder) falava à imprensa à margem da visita que o seu grupo parlamentar efectuou ao bairro da Calabaceira.
Alertou que “a situação da ribeira é preocupante”, pois “a falta de trabalhos de prevenção aumenta os riscos em caso de chuvas intensas”.
“Se vier uma chuva mais forte, toda a água e entulhos acabam chegando às casas das populações”, disse a deputada, que apelou à edilidade no sentido de remover os entulhos e realizar intervenções estruturais de correção e prevenção.
Lúcia Passos, que é deputada do círculo eleitoral de Santiago Sul, destacou ainda a necessidade de se concluir o processo de drenagem iniciado durante a gestão camarária do anterior edil, Óscar Santos, e resolver questões relacionadas com o calcetamento e arrombamento de ruas.
“Algumas ruas ficaram piores do que estavam, parte do trabalho foi deixada inacabada, e isso prejudica quem mora na área”, afirmou.
No que toca ao saneamento, a parlamentar chamou atenção para a ausência da recolha diária de lixo em bairros como Calabaceira e Safende, situação que, conforme referiu, gera problemas de saúde pública.
“A cidade da Praia tinha recolha diária de lixo nesses bairros, mas hoje isso não acontece, e o acúmulo de resíduos cria um problema de saúde pública”, reforçou.
Durante a visita, Lúcia Passos também sublinhou a importância de encontrar soluções para o campo de futebol da Calabaceira, cuja obra, segundo disse, foi feita de forma apressada durante o período da campanha eleitoral.
“Neste momento a estrutura já não é campo mais, está com as bancadas caídas e constitui um perigo para a população. Então apelamos à Câmara que encontre uma solução urgente para este campo”, afirmou.
Lembrou que a câmara não tem motivos nem necessidade de financiamento, sendo que recebe verbas do Fundo Municipal e pode recorrer ainda a outros programas de financiamento como Fundo do Ambiente e Fundo do Turismo, desde que apresente projectos.
Acrescentou ainda que Francisco Carvalho “tem fontes de receitas de que abriu mão”, como o Imposto Único sobre o Património (IUP), pelo que não pode alegar falta de recursos para justificar-se.
“O financiamento tem de ser buscado e gerido corretamente, dando prioridade a saneamento, drenagem e infraestruturas desportivas para os jovens, evitandos desvios de comportamento”, frisou.
Lúcia Passos sublinhou ainda que a responsabilidade pelas falhas não recai sobre partidos específicos, mas sobre a gestão actual da Câmara Municipal.
“O Governo é de continuidade (…) o MpD, quando entrou, encontrou trabalhos deixados por gestões anteriores, continuou e inovou, e porque Francisco não continua, inova e faz muito mais”, apontou.
Os deputados estiveram ainda no bairro de Safende, Várzea e Cobom para se inteirar da situação das populações após a queda das primeiras chuvas e acompanhar os trabalhos da Câmara Municipal da Praia.
A Semana com Inforpress
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