O Instituto Marítimo e Portuário (IMP) alertou esta segunda-feira, na Praia, que, durante o actual período de chuvas, persistem “riscos significativos no mar”, com correntes fortes, intervenções em algumas praias e restrições temporárias à navegação de pequenas embarcações.
O capitão dos Portos de Barlavento, Mário Ferreira, salientou que as condições do mar variam conforme as regiões.
Nas ilhas do Sotavento tem-se registado “ondulação moderada a forte, associada a ventos e correntes mais intensas”, enquanto que, no Barlavento, observa-se “alguma agitação marítima, sobretudo nas zonas expostas ao mar de fundo”.
Ferreira explicou que os principais riscos passam por correntes de retorno mais intensas, aumento súbito da agitação marítima, mar de fundo de grande período e ventos fortes que dificultam a navegação.
Para os banhistas, reiterou que “as correntes e vagas inesperadas representam a principal ameaça”.
O responsável indicou que algumas praias de mar aberto nas ilhas de Santiago, Maio, Sal e Boavista têm acesso desaconselhado para banhos e acrescentou que, em dias de maior agitação, pode haver suspensão temporária de saídas de embarcações artesanais.
Quanto às restrições, o IMP já aplicou interdição temporária de banhos em zonas críticas, suspensão ou condicionamento de saídas de pesca artesanal, e emissão de avisos para actividades náuticas de recreio e turismo.
Sobre a monitorização, Ferreira sublinhou que as capitanias recolhem informações do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, de observações locais e de relatos de pescadores, sendo depois divulgadas por comunicados, rádio, imprensa, redes sociais e avisos afixados.
O capitão dos Portos esclareceu que são realizadas comunicações directas nos portos, através de reuniões rápidas e mensagens de telemóvel, enquanto os operadores turísticos “recebem orientações por e-mail e telefone, com reforço da sensibilização para a segurança dos clientes”.
Aos banhistas, o IMP recomendou evitar praias não vigiadas, respeitar avisos e bandeiras, não nadar sozinho nem sob efeito de álcool, manter crianças sempre sob vigilância e afastar-se de zonas com forte rebentação.
Ferreira acrescentou que a Polícia Marítima, em coordenação com as capitanias, fiscaliza praias e portos, confirmando que já se registaram casos de incumprimento, nomeadamente banhos em zonas interditas.
O incumprimento, recordou, “pode resultar em coimas previstas na legislação marítima e, em situações graves, “na instauração de processo contraordenacional”.
No transporte marítimo, Mário Ferreira admitiu que alguns dias se registaram atrasos ou cancelamentos de viagens inter-ilhas devido a condições adversas.
Quanto às previsões, indicou que a agitação marítima deverá manter-se, embora intercalada com períodos de melhoria.
Quanto à população e turistas, Ferreira reforçou que “a segurança no mar começa na prevenção. Respeitar os avisos, seguir as orientações das autoridades e não subestimar a força do oceano é essencial para garantir um verão seguro e sem acidentes”.
A Semana com Inforpress
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