O volume de negócios do Sector Público Empresarial (SPE) cresceu 2,3%, no segundo trimestre de 2024, em comparação com o período homólogo, totalizando 9,9 mil milhões de escudos, revela o Relatório Trimestral de Desempenho do SPE de Cabo Verde.
Segundo o documento do Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, divulgado segunda-feira, o crescimento reflecte a evolução favorável da economia nacional que registou uma taxa real de 8,5%, representando um acréscimo de 5,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Ainda de acordo com o relatório, as empresas TACV, CVT, Enapor, NOSi e Emprofac contribuíram para o aumento do volume de negócios destacando-se como impulsionadores do crescimento e responsáveis por 90,4% da variação positiva no período em análise.
“Os principais indicadores de resultado como VAB, EBITDA, EBIT e Resultado Líquido registaram, na perspectiva agregada, valores positivos. O EBITDA, indica o relatório, foi de 2,1 mil milhões de CVE [escudos cabo-verdianos] positivos, contribuindo para um resultado líquido de 256,7 milhões de CVE”, realça o documento.
A nível patrimonial, segundo a mesma fonte, o activo do SPE registou variação positiva em 119,9 mil milhões de CVE, tendo o capital próprio registado um aumento a volta de 82,7% comparativamente ao período homólogo, obtendo o montante de 22,3 mil milhões de CVE.
O stock do passivo contingente (stock do aval), conforme o relatório divulgado, totalizou 21,4 mil milhões de CVE, representando 7,6% do PIB, uma dinâmica negativa de 0,5 p.p. face ao período homólogo.
A mesma fonte informa ainda que o risco associado ao SPE, avaliado através da ferramenta SOE Health Check Tool do Fundo Monetário Internacional (FMI), revelou uma performance geral favorável no segundo trimestre de 2024.
Em termos de classificação de risco, 33,3% das empresas, de acordo com o relatório SPE, foram avaliadas como de risco moderado, reflectindo uma manutenção do perfil de risco observado no período homólogo.
Das seis maiores empresas o relatório do SPE destaca que 50% apresentaram “risco moderado”, entre eles ASA, IFH e Emprofac, enquanto que a Enapor e a TACV, mantiveram com tendência favorável, apresentando alto risco e a Electra apresentou uma posição de risco muito elevado.
A UASE analisou 30 empresas públicas e participadas do Estado, tendo por base as suas posições económico-financeiras dadas pelas demonstrações financeiras, face aos períodos homólogos, bem como na sua relação com valores orçamentados para os referidos períodos.
A Semana com Inforpress
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