O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, nomeou esta terça-feira sete novos secretários de Estado para os setores do tesouro, minas, terra e ambiente, ensino superior, juventude, género e ensino técnico profissional, anunciou a Presidência em comunicado.
O chefe de Estado moçambicano nomeou Amílcar Tivane para o cargo de secretário de Estado de Tesouro e Orçamento, Gustavo Djedje para secretário de Estado de Terra e Ambiente e Jorge Daudo para secretário de Estado de Minas.
No documento, a Presidência de Moçambique apontou ainda Edson Macuácua como secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, Leo Jamal para Secretário de Estado de Ensino Técnico Profissional, Abdul Esmail para secretário de Estado de Género e Ação Social e Emília Araújo para secretária de Estado da Juventude.
Os sete novos secretários de Estado vão tomar posse na quarta-feira, concluiu a Presidência.
Em 15 de janeiro, após tomar posse, Daniel Chapo prometeu lançar uma ampla reforma do Estado para reduzir o número de ministérios, criar entidades, fomentar a digitalização dos serviços públicos e combater a corrupção.
A eliminação da figura do vice-ministro e a reformulação dos cargos dos secretários de Estado e dos secretários permanentes, além da revisão do papel dos secretários de Estado nas províncias foram outras das promessas do novo chefe de Estado, que disse igualmente rever as regalias dos dirigentes públicos e o programa de privatizações do Estado.
"Estas mudanças incluem congelar a aquisição de viaturas protocolares para o Estado, para podermos adquirir ambulâncias e outras viaturas para servir o povo, e são medidas concretas que mostram que o Governo está disposto a apertar o cinto e liderar pelo exemplo", salientou.
A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com sucessivas manifestações e paralisações no país, em que atualmente, para além de contestação dos resultados das eleições gerais de 09 de outubro passado, os moçambicanos reclamam, entre outros, contra o elevado custo de vida e a falta de emprego.
Desde outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 3.500 ficaram feridas durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.
O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias, durante as manifestações.
A Semana com Lusa
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